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EVANGELHO DO DOMINGO

Dai a Deus o que é de Deus e a César o que lhe é devido
29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1ª Leitura - Is 45,1.4-6
Salmo - Sl 95,1.2a.3.4-5.7-8.9-10a.c (R. 7ab)
2ª Leitura - 1Ts 1,1-5b
Evangelho - Mt 22,15-21
Queridos amigos (as) a Liturgia da Santa Missa que participaremos neste final de semana nos convida a reconhecer a soberania de Deus na história. Ele, de fato, é o Criador e quem sustenta a história humana, mesmo nos acontecimentos mais paradoxais entrelaçados com as limitações e contradições humanas no uso da liberdade.
No Evangelho de Mateus que será proclamado, Jesus é posto à prova com uma armadilha condensada na seguinte pergunta: “É lícito ou não pagar tributo a César?” Se respondesse que ‘sim’ desagradaria aos fariseus, os quais esperavam que Jesus apoiaria a causa dos zelotes na recusa em pagar o imposto. Assim, Jesus seria aniquilado junto com a rebelião que sua declaração desencadearia. Caso dissesse ‘não’ incitaria a ira dos herodianos, partidários do imperador romano. Para o judaísmo inteiro a dominação do imperador era radicalmente oposta ao domínio de Deus. O Messias tão esperado deveria implantar o Reino de Deus de forma teocrática e subjugar todas as dominações terrenas.
Jesus magistralmente evade-se desta armadilha e convida seus interlocutores a aguçarem o olhar e perceberem dois tipos de soberania de Deus no mundo. A soberania espiritual, que ele exerce diretamente em Cristo e a soberania temporal ou política, que Deus exerce indiretamente, confiada à livre responsabilidade do homem. O Estado deve ser reconhecido, os cristãos devem contribuir para a manutenção e a melhoria da ordem do mundo.
Apesar de não ter incitado revoluções, insubordinação ao poder vigente, nosso Mestre Jesus foi perseguido pelo poder político até à morte. Por que? A resposta é mais profunda do que aparentemente se percebe. Jesus prega a conversão, por isso, coloca o machado na raiz do homem. Modifica o conceito de poder, substituindo-o pelo de serviço. Jesus liberta os homens do medo da violência corporal imposta pelos mais fortes. Ele mostra como um justo livre interiormente incomoda os cativos dominadores. Por isso, Jesus relativiza os poderes político e militar.
Uma última questão resta: como deve se portar o discípulo de Jesus diante do Estado e da ordem constituída? Obediência ou liberdade? Eis o dilema. O Novo Testamento nos dá a resposta: o cristão deve tomar como critério a coerência entre um determinado regime político e a vontade de Deus, como se revelou em Cristo. O Evangelho é a ótica crítica sobre a realidade social e política que nos cerca. Isso implica também uma participação ativa a fim de transformar nossa realidade segundo o Espírito de Cristo.
Quando o cristão deve dizer um sonoro ‘não’ ao poder político e resistir? Quando o Estado se desvia dos planos de Deus e põe em risco a fé e quando não promove, de fato, a dignidade humana.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini
O REINO DE DEUS SERÁ DADO ÀQUELES QUE PRODUZEM FRUTOS 
27º DOMINGO DO TEMPO COMUM


1ª Leitura - Is 5,1-7
Salmo - Sl 79,9.12.13-14.15-16.19-20 (R. Is 5,7a)
2ª Leitura - Fl 4,6-9
Evangelho - Mt 21,33-43

Queridos amigos (as) a liturgia deste final de semana nos apresentará uma das imagens mais ricas do Antigo Testamento: a vinha, símbolo do povo eleito. Há duas formas de ler esta parábola da vinha: uma histórica ou narrativa e outra numa interpretação atual.
Historicamente, a vinha representa o povo hebreu, escolhido por Deus, libertado do Egito e transplantado para a terra prometida, assim como se planta uma parreira. Esta vinha, contudo, ao invés de produzir uvas boas que são as obras de justiça e fidelidade, produziu frutos ruins de traição, desobediência e infidelidade. O que Deus fará com esta vinha? É o que a Liturgia deste domingo nos irá dizer: as promessas de Deus não serão alteradas, mas os seus destinatários, sim.
O povo a quem foi confiado o Reino somos nós, cristãos, que formamos a Igreja. Nós somos a vinha de Deus. Mas isso não é, simplesmente, um fato dado. Trata-se de um dom que exige responsabilidade. Não basta se dizer batizado para tomar parte no Reino de Deus. É preciso demonstrar com atitudes cotidianas nossa conversão ao Evangelho. Isso nos obriga a tomar posição e decidir: queremos ser um ramo unido à Videira Verdadeira, o Cristo, à sua Palavra e aos sacramentos ou preferimos ser um ramo estéril coberto de folhas? A Eucaristia nos oferece a ocasião propícia de entramos em contato com Aquele que é a fonte da vida. Confiando-nos a Jesus Cristo estaremos fortalecidos diante das perturbações que cotidianamente nos são apresentadas.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

OPTAR PELA SALVAÇÃO – 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM




Queridos amigos (as), a liturgia deste final de semana que celebraremos na Santa Missa tratará da salvação. Mas de um modo radicalmente diferente do que talvez estejamos acostumados a ouvir falar. Isso porque evidenciará que a salvação é graça de Deus e também é fruto da responsabilidade pessoal, fator que implica nossa sincera colaboração e liberdade. Deus não obriga ninguém a querer ser salvo. Faz parte da liberdade humana acolher o perdão de Deus e decidir deixar a vida do mal para converter-se a Ele de todo o coração.
            Esta grande verdade é, logo de início, proclamada pelo profeta Ezequiel. Ninguém pode atribuir a Deus a responsabilidade por suas culpas. Ele é rico em misericórdia e concede a vida àqueles que se arrependem do mal e procuram o direito e a justiça.
            No Evangelho que ouviremos, Jesus radicaliza este princípio: a salvação é coisa pessoal e se decide na atitude que cada um assume diante de Deus e de seu anúncio. Não basta pertencer ao Povo Eleito, ou seja, Israel, para se considerar salvo. O que importa é ter as atitudes correspondentes para acolher a salvação que Deus concede. Isso se faz com uma resposta concreta própria de quem procura fazer a vontade de Deus.
            A parábola que Jesus conta a seus interlocutores os enreda e os faz admitirem que não importa somente afirmar o nome de Deus da boca pra fora. O que conta, de fato, é cumprir a vontade do Pai. Jesus diz, em outras palavras, aos judeus que não basta se dizerem o povo eleito pois o que conta para Deus é a conversão do coração. Este preceito também nos questiona. Traduzido para a linguagem do nosso tempo, Jesus nos diz: não basta se dizer católico, participar regularmente das Missas, participar de pastorais e movimentos se todos estes empreendimentos não estiverem permeados por um espírito de conversão a Deus. Jesus pede sinceridade. A Palavra de Deus é um espelho no qual devemos contemplar a nossa vida e não um instrumento para comparar e julgar a vida dos outros. Devemos cuidar para não cultivarmos em nós mesmos uma mentalidade hipócrita.
            As atitudes que são pertinentes a uma verdadeira conversão são destacadas pelo apóstolo S. Paulo: união no amor, viver em harmonia, humildade, compaixão, serviço. Tudo isso se resume numa grande verdade: ter em nós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini 

A GRAÇA DE DEUS É DERRAMADA EM TODOS OS CORAÇÕES QUE A ELE SE ABREM! 25º Domingo do Tempo Comum





Queridos amigos e amigas, a Liturgia deste final de semana nos apresentará um ensinamento que poderá nos deixar perplexos: toda recompensa é graça de Deus.
Isso já é proclamado com veemência pelo profeta Isaías, que nos convida a buscarmos o Senhor enquanto ele está próximo. Para tanto, é fundamental mudarmos os nossos caminhos, isto é, a nossa mentalidade para acolher o generoso perdão de Deus. A lógica de Deus, se é que pode ser dito assim, está muito acima na nossa pobre lógica humana, pautada,  o mais das vezes, na busca de recompensas como elemento motivador.
É justamente contra este princípio tão comum no judaísmo de seu tempo que Jesus, no Evangelho que ouviremos, irá se levantar. Para isso, utilizará de uma desconcertante parábola que versa sobre um patrão que contratou operários em diferentes horas do dia e, ao final da jornada de trabalho, pagou um denário a todos. Diante da reclamação dos que labutaram desde a primeira hora, o patrão reafirma que o combinado fora cumprido e que poderia dispor de seus bens como quisesse, de modo a dar o mesmo salário aos empregados da última hora. Numa sociedade capitalista em que vivemos hoje, esta atitude se constitui num escândalo, numa violação de direitos. Contudo, Jesus não está falando do trabalho propriamente dito. Ele está querendo dizer que todo o pensamento em padrões terrenos não é capaz de captar a lógica de Deus. Ele fala da bondade e da graça de Deus, diante das quais fracassam todos os nossos critérios. Toda recompensa nada mais é que presente da graça. É graça que você possa trabalhar e prover o seu sustento e de sua família. Afinal de contas, tudo vem de Deus.
O homem religioso é interpelado com esta parábola a não murmurar contra a bondade de Deus. A conversão do coração é obra a ser realizada cotidianamente. O que importa, como nos dirá o Apóstolo Paulo, é viver à altura do Evangelho de Cristo.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini


Pela Cruz, a Redenção! - EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ




Caros amigos (as) neste domingo próximo celebraremos na liturgia da Santa Missa uma festa de caráter muito especial para a Igreja: a Exaltação da Santa Cruz. Nela, reverenciamos o grande mistério do amor de Deus que, para salvar a humanidade decaída, ofereceu seu Filho Jesus para nos redimir.
A origem desta festa é um tanto complexa. Existem diversos fatos históricos que contribuem para sua formação. Em primeiro lugar está a iniciativa do imperador Constantino que, em 335, inaugurou duas basílicas: uma no Gólgota e outra no Santo Sepulcro de Cristo, mostrando ao povo o que restava do lenho da cruz de Cristo. Soma-se a isto, posteriormente, a vitória sobre os persas para a recuperação das relíquias da mesma cruz. Adiante, a festa assume sentido autônomo, enfatizando a Cruz como instrumento de salvação e glória. Eis alguns traços do surgimento desta importante festa da Igreja.
A liturgia que celebraremos, antes de tudo, nos convida a contemplarmos este mistério, fazendo-o penetrar em nosso espírito, de modo que a iluminar nossa compreensão do amoroso plano de Deus. Existem muitas pessoas que sentem horror de contemplar a Cruz de Cristo talvez convencidas pela mentalidade errônea vigente que nega a qualquer custo o sofrimento e a morte. Mas, para o cristão, a Cruz não é o término fatal senão o início de uma maravilhosa história de redenção que brotou do coração de Deus. Como nos dirá a Carta de São Paulo aos Filipenses, em Jesus Cristo, Deus se esvaziou de si mesmo e se abaixou para alcançar a humanidade ferida pelo pecado. É como uma pai e uma mãe que se ajoelham para que o filho pequeno possa alcançar o seu abraço. Isto é a cruz na visão de Deus: mistério de amor, mistério de salvação.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

CORREÇÃO FRATERNA E ORAÇÃO: AS BASES DA COMUNIDADE DE JESUS – 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM






Queridos amigos (as) na liturgia da Santa Missa que celebraremos neste domingo próximo ser-nos-ão apresentados os dois elementos essenciais sobre os quais se edifica uma autêntica comunidade cristã: a correção fraterna e a oração.
Falar em correção fraterna e, mais ainda, praticá-la constitui um grande desafio diante de uma mentalidade profundamente hedonista, relativista e individualista que é inculcada na mente das pessoas, inclusive de grande parte dos católicos. Para estes, ser corrigido significa um abuso, uma violência à sua liberdade de expressão. Mesmo assim, o preceito de Jesus permanece válido e comprometedor. Devemos cuidar do outro com amor. A correção, quando está de acordo com o Evangelho, é a manifestação mais forte do amor fraterno. Ela exclui qualquer desejo de vingança ou ostentação pessoal e é movida unicamente pelo desejo do bem do outro. Orientar e ajudar a restaurar é a palavra de ordem. Isso implica em evitar a todo custo a tentação de ‘comentar’ com outrem, pelas costas, o pecado do irmão. A fofoca não salva a ninguém, mas faz todos se perderem.
“Vai e repreende-o entre ti e ele somente...” Eis aqui um grande ato de coragem. Porque ao nos apresentarmos ao outro e lhe dizermos abertamente o que reprovamos nele corremos o risco de desagradá-lo, receber dele uma resposta ríspida. É um desafio que deve ser exercitado entre todas as pessoas a fim de manter vivos o diálogo, a confiança e o amor recíproco. Tal atitude, porém, requer sabedoria, pureza e amor.
Do âmbito individual, Jesus passa para outra instância: a assembleia local, a comunidade, a Igreja. Aqui, a correção se torna pública. É missão da Igreja ser a promotora da reconciliação e do perdão. Este encargo remete igualmente à tarefa de convencer o mundo do pecado. É o que nos dirá o profeta Ezequiel na 1ª Leitura. A Igreja deve ser uma sentinela sobre o mundo. Por isso, não pode se calar, mesmo que muitos desejem isso. Mas, como saber quando a Igreja está sendo, de fato, uma eloquente sentinela a serviço de Deus e dos homens? Quando ela escuta a Palavra de Deus e deixa-se guiar pelo testemunho interior do Espírito Santo que a ajuda a discernir a vontade do Altíssimo. Isso se realiza em cada cristão.
Por isso, São Paulo nos exorta na 2ª Leitura a não devermos mais nada a ninguém a não ser o amor recíproco. Peçamos a Deus, presente no meio de nós, que nos ensine esta desafiante forma de amor que sabe restaurar com amor o próximo.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

O CAMINHO DE DEUS É EXIGENTE – 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM




Queridos amigos (as), a liturgia deste final de semana nos mostrará que responder ao chamado que Deus nos faz requer a disposição de se deixar ensinar por Ele. Deus supera em tudo a nossa lógica humana. Os seus caminhos não são como imaginamos os nossos. Por isso, somos convidados a deixar de lado as nossas ideias pré-formatadas a respeito Dele e experienciarmos a desafiante e maravilhosa revelação de Deus em nossas vidas.
Isso é evidenciado já na 1ª Leitura (Jr 20,7-9) quando o profeta Jeremias de forma apaixonada e, paradoxalmente, de maneira igualmente amargurada mostra que o chamado de Deus em sua vida foi sedutor, irresistível, contudo, a missão que recebera de clamar contra a maldade e anunciar calamidades por causa dos pecados do povo fez com ele se tornasse motivo de chacotas e fosse perseguido por causa da Palavra de Deus. Jeremias, tomado de profunda tristeza e decepção, tentou desertar de sua missão. Mas a chama de sua vocação foi muito mais intensa, de modo a abrasá-lo e reconduzi-lo à obra que o Senhor lhe confiara. Um testemunho tão vívido nos leva a nos questionarmos se estamos cumprindo com presteza a missão que Deus nos confiou ou se, por medo de uma mentalidade anti-religiosa e hedonista vigente em nossa sociedade, acabamos por tapar os nossos ouvidos e corações para o chamado de Deus preferindo as distrações oferecidas pelas futilidades que comumente vemos e talvez experimentemos.
O Evangelho de Mateus (16,21-17) nos apresenta o primeiro sermão da Paixão. Logo após a firme profissão de fé de Pedro, o Senhor começa a revelar aos discípulos o grande mistério da cruz pelo qual haveria de passar. A reação dos mesmos, cristalizada na atitude de Pedro, foi de pavor e perplexidade porque os romanos eram muito cruéis com os rebeldes e também porque, segundo a lei de Moisés (Dt 21,23), aquele que fosse pendurado na cruz era maldito perante Deus.
Pedro não consegue assimilar este futuro anunciado por Jesus. Na lógica de seu pensamento humano Deus não poderia permitir uma morte tão ignominiosa. Pedro se assusta com Deus. Considera que a justiça de Deus deveria castigar o culpado e não o inocente e justo, o Filho de Deus. Pedro se recusa, num primeiro momento, a abrir-se ao mistério da cruz, que “é loucura para os que se perdem, mas para os que foram salvos é força divina” (1 Cor 1,18). Ao ‘não’ de Pedro se segue o incondicional ‘sim’ de Jesus. Jesus fala energicamente com Pedro exortando-o a não ser o porta-voz do tentador, do adversário de Deus. Isso para nós quer dizer o seguinte: quando o cristão não olha inteiramente para Deus, ele frequentemente promove, com suas melhores intenções, a causa do maligno. Nossa visão, nossa perspectiva é curta, limitada. Deus vê e prepara horizontes muito maiores.
Por isso, somos convidados pelo Apóstolo Paulo na 2ª Leitura (Rm 12,1-2) a nos oferecermos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Isso implica em permitirmos que a nossa mentalidade seja renovada, deixando de seguir a lógica do mundo comum. Afinal, o cristão é chamado por Jesus a ser sal da terra e luz do mundo, não para ser, como diz o ditado popular, farinha do mesmo pacote. Precisamos renovar nossa maneira de pensar e julgar para que possamos perceber qual é a vontade de Deus pois, somente ela, nos garante vida eterna.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

TU ÉS O MESSIAS! 21º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Queridos amigos e amigas, a liturgia que celebraremos neste final de semana nos chama a declarar com entusiasmo as grandes maravilhas feitas pela sabedoria e ciência de Deus. Somos convocados a proclamar, assim como o Apóstolo S. Paulo, que tudo vem de Deus, subsiste Nele e é para Ele. O mistério da sabedoria divina é maravilhoso e de uma imensa profundidade.
Isso pode ser compreendido no trecho do Evangelho de Mateus que nos é apresentado. Pedro, movido pela graça de Deus, se adianta em reconhecer Jesus como o Messias esperado por Israel. Agindo desta maneira, ele se torna modelo para todo discípulo, a ponte entre os cristãos judeus e os cristãos de origem pagã.
Jesus perguntou aos discípulos a respeito do que era dito entre as pessoas sobre a sua pessoa. Uns diziam que Jesus era João Batista por ser um asceta. Contudo, quando a ascese se transforma em negação da vida e conduz à agressividade contra os outros, ela deixa de se coadunar com Jesus. Outros falavam que Ele era Elias, o maior dos profetas de Israel. Todavia, Jesus não tenta aniquilar seus inimigos, mas conquista-los, trazê-los para a novidade do Reino de Deus. Outros ainda viam em Jesus o profeta Jeremias, o justo sofredor. Com certeza, o Senhor haverá de sofrer, mas não de forma masoquista, e sim com o amor redentor.
Diante de todas essas caracterizações de sua pessoa, Jesus então dirige a pergunta diretamente aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Somente Pedro responde: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo!” O Messias é aquele que conduz o povo à liberdade. O Deus de Jesus é o Deus da vida e só poderemos encontra-lo quando nós também formos vivos. Quem apenas se limitar à correta profissão de fé, sem experimentar em si mesmo o conteúdo de tal profissão, não entendeu Deus.
E você, querido amigo (a), o que diz de Jesus?

Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA





Queridos amigos e amigas, neste domingo celebraremos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Trata-se de uma festa muito antiga que, a partir de 1º de novembro de 1950 se tornou solenidade com a proclamação do Dogma da Assunção, feito pelo Papa Pio XII.
Não sabemos muita coisa a respeito dos últimos dias de Maria, contudo, podemos afirmar com certeza que ela está junto de Deus na glória, participando da condição de ressuscitado.
O que este mistério da Assunção quer nos dizer? Em primeiro lugar, que Maria, de modo diferente de Jesus, é um dos primeiros frutos da ressurreição. Nela, Deus iniciou aquilo que pretende fazer a toda a Igreja: torna-la imaculada, santa, elevada ao céu. Em Maria, Deus nos evidencia como é profunda a redenção para aqueles que a aceitam inteiramente e se deixam transformar. O caminho percorrido por Maria nos deixa um inestimável testemunho de fé e humildade.
Fé – Bem-aventurada és tu que creste. Maria foi uma pessoa que acreditou em Deus até o fim. Desde a Encarnação até o suplício do Calvário. Ela permitiu que Deus a guiasse pelo caminho da fé.
Humildade – Deus olhou para a humildade de sua serva. Esta é a razão pela qual Maria foi a escolhida. Ela foi declarada cheia de graça porque esvaziou-se de si, de modo semelhante ao seu Divino Filho.
Estas são as virtudes, os requisitos para Deus possa ter espaço aberto para realizar maravilhas em nossas vidas. Procuremos, na medida do possível, imitar nossa Mãe Santíssima e pedir por sua intercessão que o Senhor aumente nossa fé.

Deus os abençoe!
Seminarista Adriano Lazarini

12 º DOMINGO DO TEMPO COMUM – “Não tenhais medo!”





Caros amigos e amigas, após um cronograma intenso de solenidades vivido nas últimas semanas, neste domingo retornamos ao Tempo Comum. Esta caracterização ‘comum’ não o torna de menor valor que os demais tempos do ano litúrgico, pois neste grande período é apresentado o ministério público de Jesus. Cada domingo é um degrau para compreendermos a atuação de Jesus e acolhermos os seus ensinamentos para a nossa vida cotidiana.
            O que o Senhor nos diz na liturgia deste final de semana é bem claro: não tenhais medo! Existem pessoas e situações que nos causam medo. Jesus não quer discípulos atemorizados e, por isso, propõe como antídoto a fé. Quem tem fé sente-se livre, não teme a ninguém. Porque sabe que está fundamentado em Deus.
            Jesus nos dá três preciosos conselhos. O primeiro deles é: “Não tenhais medo!” Jesus nos quer discípulos. A missão que Jesus nos confia apresenta-se cheia de dificuldades, de perigos e inclusive de morte. Mas não devemos temer os que matam o corpo, pois não podem matar a alma. O Pai cuida de todos nós, mesmo nos acontecimentos aparentemente contraditórios. O segundo é “faça tudo às claras!” Longe de nós as obras más dos perversos que são tramadas na escuridão, escondidas pela dissimulação. O discípulo de Jesus deve ser claro, transparente, honesto. E, por fim, o terceiro preceito é “que se declarar em meu favor diante dos homens, também eu me declararei em seu favor diante de Deus”. É uma espécie de pacto do discípulo com o Senhor. O que o evangelizador fizer por Jesus, Jesus fará por ele diante do Pai.
            Que na Santa Missa deste domingo possamos aprender a confiar em Deus mediante uma firme obediência de fé e a testemunhá-lo sem medo das incompreensões e perseguições que poderão advir.

Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini


SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE – ANO A




 “Eu encontrei o céu na terra, porque o céu é a Trindade e a Trindade está dentro de mim”.
(Ir. Elisabete da Trindade)

Queridos amigos e amigas hoje, diferentemente de todas as demais celebrações do ano litúrgico, não celebramos eventos da história da salvação. Celebramos sim o mistério cristão por excelência, o mistério originário da história salvífica: a Santíssima Trindade.
            Já ao povo hebreu adorava um só Deus e, por isso, conhecia a unidade de Deus. Os povos pagãos adoravam uma multiplicidade de divindades. Mas a revelação da Trindade foi uma novidade que Cristo, o Verbo Encarnado, nos trouxe. Ele nos conduziu ao conhecimento de uma pluralidade e de uma comunhão de pessoas em Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus evidenciou este mistério ao afirmar que Deus é amor. O amor não fica fechado em si mesmo, mas se expande e gera a vida. O Deus de Jesus Cristo é a Trindade, exatamente porque é amor.
            A Igreja foi, pouco a pouco, tomando consciência da importância deste mistério ao ponto de dedicar um século inteiro, o século IV, para defender a plena divindade de Cristo e do Espírito Santo.
            Esta fé que recebemos é expressa continuamente na liturgia que celebramos: o Glória, o Creio, o Sinal da Cruz – são expressões da fé trinitária.
            A Trindade é, em primeiro lugar, um mistério para nós, em nosso favor, que pode ser designado muito bem pela palavra condescendência. Deus Pai, Filho e Espírito Santo descem juntos ao encontro do homem e adaptam-se à sua pequenez, a seus passos de criança. Deus vem ao homem na sua íntima realidade e plenitude, como é em si mesmo e como o conheceremos plenamente um dia. A revelação da Trindade é uma torrente de amor. Deus se misturou à vida do homem a fim de prepará-lo para a comunhão eterna com ele.
            A vida de fé do cristão está visceralmente unida às três pessoas divinas. A Trindade é muito mais íntima a nós do que qualquer pessoa que possua importância em nossa vida. Ela veio a nós no Batismo e, no ocaso desta vida, também nela e por ela nos despediremos e partiremos “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
            A Trindade é, em segundo lugar, a âncora de nossa esperança. Nós estamos caminhando na estrada de volta ao Pai, em companhia de seu Filho Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. A Trindade é o grande oceano para o qual tende o pequeno riacho que são as nossas vidas. A Trindade nos dá a esperança certa da vida eterna. Uma esperança que não engana. “Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). 

SOLENIDADE DE PENTECOSTES – ANO A






“O Espírito do Senhor preenche toda a terra!”. Caros amigos e amigas, todos os anos, a solenidade de Pentecostes nos põe diante desta figura tão importante e, ao mesmo tempo, tão misteriosa: o Espírito Santo de Deus. Quem é Ele? Qual o seu significado em nossas vidas?
            Em primeiro lugar, temos que lembrar que o Espírito Santo é “pessoa”. Jesus nos deixou esta certeza ao se referir ao Paráclito que haveria de ser enviado. Ele é doador da graça e também dom: dom do Pai e do Cristo ressuscitado para a Igreja.
            O Apóstolo Paulo nos dirá na 2ª Leitura que o Espírito Santo é o princípio de unidade da Igreja. Ninguém pode reconhecer Jesus como o Senhor a não ser mediante a inspiração do Espírito. O mesmo Espírito que estava com Jesus durante a sua vida terrena e que guiava suas escolhas está agora na Igreja e a guia.
            Ele também é o princípio de unidade entre nós que, mediante o Batismo, somos feitos membros do Corpo Místico de Cristo. É Ele que nos faz irmãos na filiação divina que recebemos. O Espírito nos ensina a nos dirigirmos confiantemente ao nosso Pai que está no céu. É uma unidade profunda esta, que deve ser preservada acima das divergências de opinião, de escolhas políticas e eleitorais.
            O Espírito Santo é o princípio de esperança da Igreja. Isso porque Ele é a força que impulsiona a missão eclesial. Em tempos idos, outrora foi o Espírito Santo que abriu as portas do Cenáculo onde os apóstolos estavam fechados por medo dos judeus e os abrasou ao ponto de saírem pregando aos partos, aos medos, aos elamitas, aos gregos, aos estrangeiros de Roma, aos hebreus e aos gentios. Foi o Espírito que os retirou do calabouço do medo a fim de enviá-los a proclamarem as maravilhas que Deus operou através de Jesus Cristo. Como nós, cristãos de hoje, devemos nos recordar desta lição!
            O Paráclito igualmente é o princípio de identidade da Igreja, isto é, da distinção do mundo. Ai de nós se, absorvidos pela tentação de nos tornarmos amigos do mundo, perdermos nossa identidade! Por mundo, aqui entende-se aqueles que não acolhem Jesus e rejeitam sua Igreja.
            O Espírito de Deus é aquele que se coloca ao lado dos discípulos de Jesus como memória e testemunha dele. O Espírito é a garantia da vitória final de Jesus. Onde se dá esta vitória? Dentro de nós. Se nós ficarmos aqui a ouvir a Palavra de Deus e a professar a nossa fé é porque o Cristo mais uma vez venceu o pecado em nós.
Vinde Espírito Santo, enchei os nossos corações...!

Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini

SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR




Queridos amigos e amigas, na liturgia deste final de semana, celebraremos um evento muito importante e, ao mesmo tempo, um tanto contraditório ao nosso modo limitado de ver os acontecimentos: a Ascensão do Senhor. Jesus termina sua caminhada terrena e sobe ao Pai a fim de estar permanentemente conosco mediante a ação do Espírito Santo. Ele é o Paráclito, o Defensor, Aquele que tem por missão recordar tudo o que Jesus disse e fez e infundir em nossos corações esta vida da graça que Deus nos oferece mediante o seu Filho.
Jesus se despede, mas sua despedida é diferente. Não se trata de um triste adeus, mas de uma plenificação de sua presença mediante o Espírito Santo e de uma alegre expectativa da sua segunda vinda, a Parusia. Diante desta realidade, todos nós clamamos: Marana tha (Vinde, Senhor Jesus). Esta espera, contudo, não nos deve conduzir à estagnação. Jesus nos confere a missão e a autoridade de anunciar o seu nome ao mundo inteiro como a salvação definitiva oferecida à humanidade. Mediante o anúncio do Evangelho, a aceitação na fé e o Batismo todas as pessoas podem ter um encontro pessoal com o Senhor e participarem de sua vida inseridos na Igreja. Trata-se de um dom e de um compromisso.
A comunidade que acreditou em Jesus ressuscitado e recebeu dele a missão de anunciar seu Nome vive sob três sinais: a esperança, a glória e o poder. Esperança, porque existe um futuro que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram nem o coração jamais pressentiu o que Deus preparou para nós. Glória, pois teremos como herança uma riqueza infinita proveniente da parte de Deus. Poder, pois Deus nos dará a força para levarmos a bom termo a sua obra.
Daqui para frente, viveremos na expectativa de Pentecostes, orando e pedindo ao Senhor que envie seu Santo Espírito para encher os nossos corações com sua luz, aumentar em nós a caridade e revigorar em nós a esperança.

Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini

6º DOMINGO DA PÁSCOA – O CONSOLADOR VIRÁ




            Queridos amigos e amigas, estamos nos aproximando da solenidade de Pentecostes, o envio do Espírito Santo Consolador sobre Maria e os discípulos e hoje sobre todos nós que cremos no Senhor Jesus e nos alimentamos de seu Corpo e Sangue. Por isso, a liturgia deste domingo já possui um tom diferente: desloca-se da pessoa de Cristo e se centra no Paráclito, o Consolador.
Quem é o Espírito Santo? Talvez tenhamos a tentação de rapidamente responder: é a terceira pessoa da Trindade. Uma resposta correta, mas que precisa ser aprofundada. Ele é, de fato, o amor do Pai e do Filho, tão forte que constitui um modo de ser de Deus. Em relação a nós, nos dirá o Evangelho de João, ele é o Consolador.
Ele nos consola em nossas aflições pois, como diz Santo Agostinho, o coração humano está inquieto, sente-se muitas vezes na solidão e ameaçado neste universo; o cansaço o abate, o futuro o amedronta, os amigos o traem. Quem, então, nos trará alívio? O próprio Deus.
A consolação divina se encarnou em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. Jesus viveu consolando as pessoas que a ele abriam seus corações. Bem aventurados os mansos, porque possuirão a terra! (Mt 5,5). Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei (Mt 11,28). Antes de partir, Jesus rogou ao Pai que enviasse outro Consolador, o Espírito Santo que permanecesse conosco para sempre. A consolação é o amor de Deus por nós feito Pessoa.
Contudo, é pertinente fazer uma pergunta: Por que, apesar de Jesus nos ter deixado o Consolador, tantas vezes nos sentimos tão áridos, secos?
A primeira razão, porque frequentemente não recorremos a esta consolação. Acreditamos que podemos resolver tudo por conta própria. Não dobramos os joelhos em prece. Buscamos água em cisternas furadas ou contaminadas pelo pecado. Procuramos no homem a saciedade para o desejo profundo daquilo que somente Deus pode nos saciar.
A segunda razão é correlacionada à virtude da humildade. Deus consola os humildes. Os soberbos são impermeáveis à graça de Deus. Fecham seus corações para a graça que é derramada de forma abundante por Deus.
Aqueles que conseguem descerrar as portas do seu interior para a consolação de Deus são confortados em todos os momentos, especialmente naqueles mais difíceis, pois quem participa dos sofrimentos de Cristo igualmente há de participar das suas eternas alegrias.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

JESUS É O NOSSO BOM PASTOR – 4º Domingo da Páscoa



Caros amigos e amigas, neste domingo, conhecido como o domingo do Bom Pastor, a Igreja celebra o dia mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas. A Igreja nos pede para rezar pelas vocações, para refletir sobre as vocações, especialmente sacerdotais e religiosas. E percebemos que estas são também dons preciosos de Deus para o povo e para o futuro da Igreja.
Estas vocações têm como fundamento o seguimento de Jesus, o Bom Pastor, que chama a cada pessoa a vir mais para perto de si e experimentar com maior radicalidade a sua doação pelo Reino de Deus.
Como é que Jesus exercerá a sua missão de “pastor”? Em primeiro lugar, irá chamar as “ovelhas”. “Chama-as pelo seu nome”, porque conhece cada uma e com cada uma quer ter uma relação pessoal de amor, de proximidade, de comunhão: para Jesus, não há “massas”, mas pessoas concretas, com a sua identidade própria, com a sua riqueza, com a sua dignidade.
Não obrigará ninguém a responder-Lhe; mas os que responderem ao seu chamamento farão parte do seu “rebanho”.
            Àqueles que respondem positivamente ao chamado de Cristo são apresentadas duas realidades a serem vividas: a conversão e a paciência diante dos sofrimentos que nos são infligidos por causa de Jesus.
            A conversão é a atitude básica para podermos entrar para o ‘rebanho’ de Jesus. Converter-se significa, no mais profundo, reencontrar o caminho verdadeiro de nossas vidas, voltar a trilhar a estrada que Deus inscreveu para cada um de nós: deixar-se tocar pelo amor de Deus.
            A paciência, por sua vez, é uma grande virtude. Por meio dela e tendo como exemplo o próprio Cristo que inocentemente sofreu por fazer o bem, também nós somos chamados a nos fortalecermos na esperança diante das incompreensões e perseguições sofridas por causa do Evangelho.
            Munidos destas graças especiais de Deus, poderemos entrar pela Porta do rebanho, que é o próprio Cristo, autor e consumador de nossa fé.

Deus os abençoe!
Seminarista Adriano Lazarini

Fica conosco, Senhor! Queremos reconhece-Lo! – 3º Domingo do Tempo Pascal






Caros amigos e amigas, o Evangelho deste final de semana que ouviremos na celebração eucarística nos apresenta Jesus que se coloca lado a lado com dois discípulos que regressavam decepcionados para sua vila Natal, Emaús, após o acontecido em Jerusalém da morte de Jesus. O Senhor se faz próximo a estes e lhes recorda o sentido da Escritura acerca do sentido do seu sacrifício redentor. A fé destes discípulos paulatinamente vai saindo de um estado de letargia, dormência. Quando estão à mesa, então, no partir do pão, reconhecem-no.
            O que este episódio diz a nós que estamos há pelo menos dois mil anos do acontecido? Em primeiro lugar, que Jesus está vivo, ressuscitado e presente no mundo. Jesus caminha com a humanidade inteira pelos caminhos do mundo, mesmo quando esta não o reconhece.
            Jesus, contudo, se dá a conhecer de diferentes modos àqueles que se dispõem a abrirem seus corações ao influxo da sua graça. Antes de tudo, através da Palavra de Deus. Isso porque ela contém Jesus, sua força e sua vida. O Evangelho é a preparação que faz arder nossos corações e nos faz desejar ardentemente algo mais: a comunhão. Este é o segundo passo, repleto de maior intimidade através do qual Ele se dá totalmente, oculto num pedaço de pão. Este é o gesto fundamental: o sacramento ilumina a palavra e gera a alegria.
            Esta percepção somente se fez possível mediante um terceiro passo que cronologicamente é anterior: a hospitalidade. Os discípulos de Emaús convidaram o peregrino Jesus a permanecer com eles, pois já era tarde e o dia declinava. Isso nos mostra que na vida devemos nos esforçar por partilhar o pão com os irmãos: o pão material e o pão espiritual.

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini


VIVER NA FÉ A REALIDADE DA RESSURREIÇÃO - 2º DOMINGO DA PÁSCOA


Caros irmãos e irmãs, a liturgia festiva deste 2º Domingo da Páscoa proclama e nos convoca em alto e bom som a experimentarmos no cotidiano de nossas vidas a nova criação, a realidade plena da Ressurreição de Jesus que celebramos na Páscoa. Para viver nesta esperança viva necessitamos entender o que significa este acontecimento que anualmente celebramos.
A fé na Ressurreição de Jesus não aparecia como algo evidente. Pouco a pouco iam-se conscientizando, percebendo este mistério. O processo para crer no Ressuscitado não era simples. Requeria que se captasse todo o mistério refletido no Antigo Testamento, nos profetas, nos salmos, na lei. Uma comunidade cristã que crê na Ressurreição não nasce repentinamente. Necessita de ser gestada pelo Espírito.
O Evangelho de João (20,19-31) que ouviremos apresenta a figura do apóstolo Tomé. Ele representa cada um de nós, aprendizes no caminho da fé. Quando dizemos no Creio: “Creio na ressurreição da carne” na verdade exprimimos um desejo: Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé! Crer na Ressurreição é o dom e o presente de um novo olhar.
Esta consciência viva transforma a vida aqui na terra. As primeiras comunidades, retratadas em Atos dos Apóstolos, entenderam e procuraram viver o amor. Não só dirigiam a força de seu amor para Deus, mas também para os irmãos.
A fé na Ressurreição tornava as primeiras comunidades cristãs entusiasmadas, irradiantes, alegres na fé e no testemunho. E hoje, como está a nossa vivência comunitária desta realidade? Corremos o risco de reduzir a esperança maior de nossa fé, a nossa salvação, a simples “feriadão”?

Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini

JESUS RESSUSCITOU: ALELUIA!


Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo. Sim, Ele ressuscitou e está de novo conosco! O coração do mistério e do anúncio cristão está todo na palavra ressuscitou! A fé dos cristãos, diz Santo Agostinho, é a ressurreição de Cristo. Que Cristo tenha morrido, todos admitem. Que Ele tenha ressuscitado, somente os cristãos acreditam, e sem se admitir esta verdade não se é cristão.
Para que esta solenidade seja uma real experiência de fé, necessitamos aprofundar a mensagem da Páscoa. O que é a ressurreição de Cristo?
É, antes de tudo, um testemunho do Pai, uma garantia da verdade de Cristo. Ela dá autenticidade à pessoa e à missão de Jesus. A ressurreição é o selo da divindade de Jesus pois mergulha no abismo mais profundo da humanidade, a morte, e de lá faz brotar vida eterna. Somente Deus pode fazer isso. E o fez.
Por isso nos diz São Paulo (1 Cor 15,14-17) que a ressurreição é a base de nossa fé. Este evento mostra que Jesus gerou em seu sacrifício na cruz uma nova humanidade redimida da qual Ele é a cabeça. Também nos dá a certeza de que Jesus continua sua presença no mundo mediante o seu Espírito e mediante o seu corpo na Eucaristia. Jesus é o próximo de todos. A Eucaristia que celebramos é o penhor desta realidade, um pedacinho de céu que se desdobra já aqui na terra. Vivamos, portanto, como ressuscitados! Renovemo-nos em Cristo mediante a pureza a verdade.

Uma feliz e santa Páscoa a todos!
Seminarista Adriano Lazarini

DOMINGO DE RAMOS – Hosana nas alturas! Bendito o que vem em Nome do Senhor: a entrada solene de Jesus em Jerusalém




Queridos irmãos e irmãs! Chegamos ao Domingo de Ramos, festa que abre solenemente a Semana Maior, a semana na qual serão atualizados os principais eventos da nossa redenção: a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A liturgia desta celebração nos apresenta dois textos do Evangelho: a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém sob aclamações e a narrativa da Paixão. Trata-se de uma contraposição de realidades que, de fato, nos desconcerta. Como é possível que a multidão que aclama Jesus como o Messias peça alguns dias depois a sua crucifixão? Responderemos a esta questão posteriormente. Atenhamo-nos, primeiramente, ao Evangelho da procissão.
            Jesus sobe a Jerusalém. Trata-se de uma subida literal em sentido geográfico, pois o mar da Galileia situa-se cerca de 200 metros abaixo do nível do mar enquanto Jerusalém está a 760 metros acima deste nível. Durante esta subida, Jesus profere aos discípulos três profecias sobre o seu sofrimento vindouro. “A meta final dessa subida de Jesus é a oferta de si mesmo na cruz, oferta que substitui os sacrifícios antigos.”
            Nosso Senhor entra na Cidade Santa fazendo misteriosas alusões à realeza e suas promessas. Jesus representou, tornou realidade o texto do profeta Zacarias (9,8-12). Em outras palavras, o Nazareno quer tomar posse do Templo como rei vitorioso e humilde, quer proclamar a paz a todas as nações e derrubar todas as barreiras que causam separação e todos os conflitos. Jesus se apresentou, numa palavra, como a perfeita realização de todas as esperanças religiosas de Israel.
            A força espiritual para a realização de tão importante obra no-lo revela o profeta Isaías através do Servo Sofredor, figura profética do Cristo. Ele confia incondicionalmente em Deus, por isso filialmente obedece ao Pai como um discípulo atento aos ensinamentos do mestre. O sofrimento pelo qual haverá de passar o engrandecerá, pois através de sua inocente entrega, Deus vencerá o iníquo acusador: o pecado.
            Voltemos, então, ao segundo Evangelho proposto nesta celebração: a narrativa da Paixão. Por que o rei messiânico tão ansiosamente esperado por Israel e aclamado sob o pórtico de Jerusalém será, dentro de poucos dias, condenado como o pior dos bandidos? O Papa Emérito Bento XVI no livro Jesus de Nazaré afirma que a multidão que acolhe Jesus na periferia da cidade não é a mesma que haverá de condená-lo incitada pelos chefes dos judeus. Independentemente deste pormenor, importa-nos perceber que a Palavra de Deus nos responde a nós que nos perguntamos quem fez morrer a Jesus, tal como Natã outrora disse a Davi: Tu és aquele homem! Judas que trai; Pedro que renega, Pilatos que lava as mãos, o povo que condena, os soldados que repartem sua túnica: atrás deles existem multidões e nós também estamos incluídos.
            Percebemos, pois, que a Paixão de Cristo não é um episódio que se encerra com o cerramento de nossas Biblias. Ela está agora em ato. O processo de Jesus se renova em cada cristão, em cada discípulo-missionário que sofre e é perseguido por causa da justiça de Deus.
            Devemos escolher, portanto, a atitude que iremos tomar diante da Paixão do Senhor: a solidariedade do Cireneu, a firme esperança de Maria, a fé do centurião ou a traição, a covardia e a indiferença daqueles que assistem de longe este episódio tal qual alguém que paga um ingresso para assistir a um espetáculo.
            A Semana Santa a que damos início hoje deve recordar-nos estes três mistérios: a crucifixão, a sepultura e a ressurreição de Jesus. Eis aqui condensado o ‘mistério’ de Jesus do qual nos fala São Paulo na 2ª Leitura: Jesus rebaixou-se de sua divina condição em solidariedade com a humanidade decaída a fim de libertá-la e redimi-la definitivamente. Vivemos este mistério através da fé, mas um dia tudo será transparente e Cristo será tudo em todos.

Deus os abençoe! Vivamos intensamente esta Semana Santa!

Seminarista Adriano Lazarini

5º DOMINGO DA QUARESMA – “EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA”




Caros amigos e amigas, neste quinto domingo da Quaresma já podemos contemplar de forma mui nítida a Semana Santa, a Semana Maior. A liturgia deste domingo quer nos conduzir à percepção de que somente em Jesus temos a vida em plenitude. A relação com Ele é que nos faz experimentar, de fato, a imortalidade.
Tal realidade já fora antecipada pelo profeta Ezequiel (1ª Leitura) que, através da visão dos ossos secos, uma de suas mais famosas, mostra ao povo de Israel cativo no exílio da Babilônia  e cujo Templo de Jerusalém fora destruído que a aniquilação não é a Palavra final de Deus. O cadáver que é Israel neste momento será vivificado pelo Espírito de Deus. Sairão do sepulcro babilônico e retornarão à terra da vida. O cristão pode ler neta página de Ezequiel o símbolo da ressurreição particular e universal.
E o Evangelista João justamente nos apresenta esta realidade através do episódio da ressurreição (reanimação) de Lázaro. Trata-se do mais elevado sinal feito por Jesus pois, através dele, antecipa a sua vitória definitiva sobre a morte.
Jesus diz: “Eu sou a Ressurreição e a vida!”. A reanimação de Lázaro é sinal que prova o poder eficaz da fé: o resultado da fé é a posse da vida eterna, já no momento presente.
Outro detalhe interessante frisado neste trecho do Evangelho de João é a extrema sensibilidade de Jesus. Sua humanidade é plenamente revelada mediante uma atitude muito comum para expressarmos a dor pela morte de uma pessoa querida: chorar. Jesus chorou. Suas entranhas se comoveram a ponto de manifestar ali uma antecipação daquilo que fará na sua Ressurreição. Mas a porta para a vida não consiste meramente numa longevidade sem fim. Se compreendermos assim este sinal estaremos nos equivocando. A vida eterna não é uma infinitude de dias vividos nesta nossa peregrinação terrestre. A vida eterna se concretiza na relação com Deus, baseada na fé.
Em resumo, recebemos três convites através desta liturgia: 1) Sair do pecado para a vida da graça; 2) Refletir acerca do valor da vida e 3) Olhar com serenidade a vida após a morte. “Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja ferido de morte por causa do pecado,
vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça.” (Rm 8,10).

CRÊS NO FILHO DO HOMEM?  - 4º domingo da Quaresma



'Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá.' (Ef 5,14). Chegamos ao 4º Domingo da Quaresma. Já podemos vislumbrar ao longe a Semana Maior de nossa fé. Os domingos que estamos vivendo são os domingos de maior compromisso que a liturgia nos oferece ao longo de todo o ano. São propostos textos extensos e densos de significado.
Duas coisas a liturgia apresenta no evangelho deste final de semana: a fé e o batismo. Estas realidades correm o risco de se tornarem tão familiares a ponto de não nos darmos conta de sua importância.
O evangelista João nos propõe um fato: Jesus cura uma pessoa cega. A intenção por trás da cena judicial apresentada é dupla: primeiro, que o cego é cada um de nós, pois também fomos um dia à fonte batismal e voltamos enxergando a nova realidade; segundo, que a luz que nos foi dada foi a fé.
Na verdade, nós estamos em parte na luz, e em parte ainda nas trevas. Temos, sem, recebido o dom da fé, mas como um germe, que deve crescer, desenvolver-se com a graça de Deus e com nossa liberdade. Nossa situação é paradoxal. Estamos, por assim dizer, naquele fio que divide uma zona luminosa daquela que está na sombra. É nossa humanidade ainda não resgatada, não evangelizada. São os impulsos tenebrosos, que São Paulo chamou as obras infrutuosas das trevas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes (Gl 5,19-21).
Diante da realidade destas trevas a que somos passíveis, somos chamados a ver à luz da fé. A fé é uma confiança total que engaja a existência inteira. Contudo, hoje existe uma forte pressão por parte de certas forças que obrigam o cristão a esconder sua fé e suas certezas, quando passa da oração à prática. O que se pretende é um cristão dividido: de um lado o homem e o cidadão e do outro o crente. É uma pressão à qual muitos cristãos hoje cedem, reduzindo assim a fé a uma roupa de dia festivo que se veste só aos domingos para ir à missa.
Peçamos ao Senhor que cure as cegueiras que nos impedem de viver em profundidade a grande graça do nosso batismo. Que saibamos ver além das aparências, pois o Senhor vê o coração! (1 Sm 16,7)

Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

EM JESUS, BEBEMOS A ÁGUA DA VIDA - 3º domingo da quaresma



Queridos amigos e amigas, a liturgia deste final de semana bem poderia ser caraterizada como catecumenal. Isso porque Jesus, com a alusão à água da vida eterna nos convida a relembrarmos e revalorizarmos o nosso batismo a fim de que , de fato, tomemos consciência do nosso real nascimento no Espírito.
            A murmuração é uma típica atitude humana. Desde o momento em que nascemos somos e seremos eternos descontentes. Os hebreus fogem do Egito, veremos na 1ª Leitura, e vão abrindo caminho na península do Sinai. A caminhada pelo deserto contempla várias fases: as águas amargas de Mara (Êx 15,23), as doze fontes e setenta palmeiras de Elim (Êx 15,27). Agora se encontram em Rafidim. O povo protesta (Meribá), coloca à prova (Massá), murmura, não crê muito menos confia em Deus. Moisés intercede a Deus pelo povo e este lhes dá uma prova de sua generosidade.
            Também nós somos uma geração incrédula. As circunstâncias da vida, muitas vezes, levam-nos a esquecermos de Deus. Ele, entretanto, não nos abandona, apesar de nossa falta de fé.
No Evangelho deste domingo, Jesus conversa com uma mulher samaritana que fora buscar água no poço de Jacó. Estranhamente ao costume judaico de depreciar os samaritanos por serem um povo miscigenado, Jesus pede àquela mulher de sua água para beber. E mais, se oferece como o manancial eterno que sacia as necessidades mais profundas do ser humano. Jesus é o verdadeiro caminho, a Aliança que nunca será rompida. A mulher samaritana é símbolo de todas as pessoas que vivem em situação de infidelidade mas que, no seu íntimo, estão aguardando o convite para abrirem seus corações à Aliança com Deus.
A água que Jesus deseja dar-nos é muito mais preciosa que qualquer água produzida pela natureza. Trata-se da justificação pela fé, a esperança que não engana e o amor que se derrama em nossos corações. Pela fé nós assentimos plenamente a Deus e nele depositamos nossa inteira confiança. Mediante a esperança, desejamos unicamente a glória de Deus. Tudo isso é possível porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações.

Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini


2 º DOMINGO DA QUARESMA – Eis o meu Filho amado, escutai-o!




Caros amigos e amigas, nesta semana que vivemos a liturgia quaresmal nos convida a dar um passo a mais na compreensão e na vivência do mistério pascal de Cristo, nosso Senhor. A Palavra de Deus que ouviremos na Santa Missa neste final de semana bem poderia ser chamada: a plena Revelação de Deus.
Já a 1ª leitura, retirada do Antigo Testamento, possui um doce sabor de promessa divina feita a Abraão de conceder-lhe uma terra para se estabelecer e a posteridade, garantia da vida de um povo, Israel, que haveria de se formar pela graça de Deus.
Jesus no monte Tabor antecipa a Pedro, Tiago e João o mistério de sua ressurreição, permitindo-lhes contemplar por um  instante sua glória de Ressuscitado. Os apóstolos contemplar por um átimo o fulgor da natureza divina de Jesus. Se no Antigo Testamento a concepção era de que nenhum homem pode ver a Deus e sobreviver, agora Jesus aos poucos vai revelando plenamente sua glória, mostrando que Deus está mui próximo da humanidade.
“Eis que apareceram Moisés e Elias”, as duas figuras mais importantes do Antigo Testamento. Os dois estão ao lado de Jesus, porque Moisés fez conhecer a Lei de Deus e Jesus veio a aperfeiçoá-la, e porque Elias representa as profecias e Jesus veio a realiza-las.
 A voz do alto, voz de Deus, revela que este Jesus é o seu Filho Dileto e nos dá a ordem de ouvi-lo. Ouvir significa estar pronto a obedecer, a colocar em prática o ensinamento de Jesus.
Diante de tamanha visão, assim como os apóstolos, nós também sentimos medo. Mas Jesus nos conforta e infunde em nossos corações a coragem necessária a fim de nos fortalecer na luta pelo Evangelho, que é fonte e raiz de imortalidade, pois é a Boa Nova de Deus.
Resta-nos somente pedir a Deus: Senhor, aumenta a nossa fé!
Deus os abençoe!

Seminarista Adriano Lazarini

1º DOMINGO DA QUARESMA 2014 - ANO A

A CONFUSÃO CAUSADA PELO PECADO




Caros amigos e amigas, já entramos no tempo quaresmal com a celebração da quarta-feira de Cinzas. Durante este período de 40 dias estaremos fazendo um grande retiro espiritual que nos encaminhará para o mistério central de nossa fé: a Ressurreição do Senhor Jesus.
Neste 1º Domingo da Quaresma a liturgia chama-nos a atenção para a realidade do pecado em nossas vidas. É o que nos diz o salmo com as palavras: “Piedade, ó Senhor pois pecamos contra vós!” (Sl 50). Em nossa sociedade atual, falar de pecado é uma tarefa árdua pois, muitas vezes, já não se tem a noção exata da dimensão e dos malefícios que nossos pecados geram.
Se não compreendermos em profundidade a existência do pecado no mundo, não teremos acesso ao mistério do Evangelho de Jesus Cristo. Dor, paixão e morte de Cristo, tudo isto é a resposta de Deus ao pecado do homem; o ‘sim’ do segundo Adão (Cristo) corrige o ‘não’ do primeiro.
As leituras bíblicas nos mostram os três eixos da história da salvação: CRIAÇÃO-PECADO-REDENÇÃO. A humanidade cai no pecado original, ou seja, deixa que o maligno se instale em seu coração e faça morrer sua confiança no seu Criador. Jesus Cristo vem, através da sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição libertar a humanidade deste ciclo vicioso.
O Evangelho nos apresenta Jesus que, conduzido pelo Espírito ao deserto, foi tentado por Satanás mediante três ofertas: TER-PODER-PRAZER. Estas dimensões quando colocadas a serviço do mal e, tantas vezes, substituindo Deus na vida das pessoas geram desgraças sem fim. Jesus soube em sua liberdade dizer ‘sim’ a Deus e ‘não’ a Satanás. Ele é nosso modelo e nosso auxiliador para que possamos vencer as ilusões do pecado e nos entregarmos confiantemente nas mãos de Deus.
Deus os abençoe!


Seminarista Adriano Lazarini

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 17,5-10)
06/10/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo: Os apóstolos disseram ao Senhor: 'Aumenta a nossa fé!' O Senhor respondeu: 'Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: `Arranca-te daqui e planta-te no mar', e ela vos obedeceria. 
Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: Vem depressa para a mesa?' Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: 'Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso tu poderás comer e beber?' Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: 'Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer.




REFLEXÃO

No Evangelho, Jesus afirma que a fé remove os obstáculos. JESUS e os apóstolos estão a caminho de Jerusalém. Diante da caminhada difícil proposta por Cristo a seus seguidores, os Apóstolos estão vacilando, sentem-se tentados a voltar atrás, como já tinham feito muitos discípulos.
Preocupados, pedem ao Senhor: "Senhor, aumentai a nossa fé". Jesus responde: "Se tivésseis FÉ como um GRÃO DE MOSTARDA, poderíeis dizer a essa amoreira, arranca-te daqui e planta-te no mar, e ela vos obedeceria".  A FÉ consegue realizar aquilo que aos olhos dos homens parece impossível. A fé autêntica, mesmo pequena, poderá superar os maiores obstáculos.
Um DOM GRATUITO DE DEUS, que tudo ilumina e fortalece na vida. Não conquistamos por méritos... Mas que exige UMA RESPOSTA VIVA E ATUANTE: "A fé sem obras é morta". (Tg 2,17) Fé e Vida devem andar juntas. A fé, mesmo que pequena, cresce e se torna forte pelo cultivo da oração, da participação ativa na comunidade, pela prática da caridade, da justiça, pela vivência fraterna e solidária.
Não é apenas uma ADESÃO INTELECTUAL a verdades aprendidas na catequese, a uns ritos de religiosidade popular. Não é um recurso para conseguir determinadas coisas... É ADESÃO DE VIDA ao Projeto de Deus. Um encontro pessoal com Deus,em Jesus Cristo. É aceitar realizar o plano de Deus em nós, fazer a vontade de Deus.
É olhar o mundo, os acontecimento, as pessoas com o olhar de Deus. É uma ENTREGA TOTAL E GRATUITA... sem esperar direitos e privilégios. Não é ter Deus a nosso serviço,mas nos colocar plenamente à disposição de Deus, confiando nele e acatando sua palavra e sua vontade. Nosso serviço e nossa fidelidade ao Senhor são de filhos e não de assalariados.
1. O Desânimo: Sentimo-nos pequenos, incapazes, inúteis... Por isso, muitas vezes pensamos até em largar tudo...
2. Considerar-nos "Necessários" ou "Merecedores"...Muitas vezes, imaginamos Deus como um Contador que contabiliza cuidadosamente num livro nossos créditos e débitos, a fim de pagar religiosamente, de acordo com os nossos "merecimentos".
Para apagar essa imagem de Deus e eliminar a "Religião dos merecimentos" (comum aos judeus e a nós), Jesus contou uma PARÁBOLA: O Servo que volta da roça: "Quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer". E se nossa fé for ainda pequena, menor do que o grão de mostarda, façamos nosso o pedido dos Apóstolos: "Senhor, aumentai a nossa fé ..."
Para o dia mundial das Missões, o Papa lembra que "no final do ano da fé, é uma ocasião importante para revigorarmos a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia, com coragem, o Evangelho... A fé é um dom precioso  de Deus, que abre a nossa mente para O podermos conhecer e amar... Trata-se de um dom que é oferecido a todos com generosidade...  e deve ser partilhado com todos...
Toda a comunidade é «adulta», quando professa a fé, celebra-a com alegria na liturgia, vive a caridade e  anuncia sem cessar a Palavra de Deus,  saindo do próprio recinto para levá-la até às «periferias»,  sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer Cristo."  (Francisco)                          









26º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 16,19-31)
29/09/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico.
E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'.
Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'. 
O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. Mas Abraão lhe disse: Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.


REFLEXÃO
No Evangelho, temos o julgamento de Deus sobre a distribuição das riquezas. (Lc 16,19-31). A Parábola do homem Rico e do pobre Lázaro tem três quadros: A Situação de vida do Rico e do Pobre "Lazaro". A mudança de cena para ambos após a morte... Um DIÁLOGO entre o rico e Abraão, Proposta: "Pai Abraão, se alguém entre os mortos for avisar meus irmãos, certamente vão se converter...” Resposta: "Se não escutam a Moisés, nem aos profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão..."
A morte de ambos reverte à situação: quem vivia na riqueza está destinado aos "tormentos", quem vivia na pobreza se encontra na paz.  É uma Catequese sobre a escatologia, antecipa o amanhã para que valorizemos o presente. O rico não é condenado por ser rico, mas porque prescinde de Deus. 
O pobre se salva por estar aberto a Deus e espera a Salvação. A pobreza não levou Lázaro ao céu, mas a humildade, e as riquezas não impediram o rico de entrar no seio de Abraão, mas seu egoísmo e a pouca solidariedade com o próximo. Na Parábola, o pobre tem "nome", o rico não... Em nossa Comunidade, os pobres têm nome?
Escutem Moisés e os profetas!”Essa advertência tem um significado especial no DIA DA BÍBLIA. "Moisés e os Profetas", no tempo de Jesus, significava a Bíblia. Jesus queria dizer que não estamos precisando de aparições duvidosas do além, de videntes ou prodígios milagrosos...A BÍBLIA é a única Revelação que devemos acreditar...Ela é suficiente para iluminar o nosso caminho.
Seguindo essa Luz, encontraremos, aqui na terra, a solidariedade, a fraternidade e, na outra vida, acolhida na casa de Deus, um lugar junto de Abraão.Essa Palavra de Deus, podemos encontrá-la:
Na Catequese... Na Liturgia... Na Leitura Orante da Bíblia...nos Grupos de Reflexão, nos Cursos... Na Leitura pessoal...
Quem são os LÁZAROS hoje? Ainda hoje quantos ricos esbanjam na fartura, e pobres "Lázaros" continuam privados até das migalhas que sobram... Creio que os vemos diariamente nas ruas e na televisão... Escutar Moisés, os Profetas, o Evangelho favorece o desapego e abre os olhos as necessidade dos irmãos.
O Doc. de Santo Domingo afirma: "O crescente empobrecimento a que estão submetidos milhões de irmãos nossos, que chega a intoleráveis extremos de miséria, é o mais devastador e humilhante flagelo que vive a América Latina" (179).
No Brasil: O Salário mínimo irrisório... A aposentadoria miserável... enquanto outros recebem supersalários... e inúmeros desvios... Milhões de Lázaros nos indicam o caminho da salvação...
E conclui com uma ADMOESTAÇÃO:
"Há um abismo que nos separa... e não haverá mais volta...” Após a morte, a situação se torna irreversível. Como superar esse abismo?  Abismo que não foi construído por Deus, mas pelos homens...abismo que começa agora... e se prolonga no além...A EUCARISTIA é um grande meio para vencer esse abismo, desde que seja sempre uma verdadeira COMUNHÃO... que inicia AGORA
(na Igreja, na família, na sociedade) esse prolonga por toda
a ETERNIDADE junto de Deus.                                   







25º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 16,1-13)
22/09/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo: Jesus dizia aos discípulos: 'Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens'. O administrador então começou a refletir: 'O senhor vai me tirar à administração. 
Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração'. Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu patrão?' Ele respondeu: 'Cem barris de óleo!' 
O administrador disse: 'Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinqüenta!' Depois ele perguntou a outro: 'E tu, quanto deves?' Ele respondeu: 'Cem medidas de trigo'. O administrador disse: 'Pega tua conta e escreve oitenta'. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. E eu vos digo: Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 
Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores. Porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.'







REFLEXÃO

No Evangelho, Cristo convida a conseguir a verdadeira liberdade, servindo a Deus e não ao dinheiro. (Lc 16,1-13). Ilustra com a Parábola do ADMINISTRADOR infiel, que ao ser despedido, reduz o valor da dívida dos devedores para garantir futuros amigos. À primeira vista, poderia dar a impressão de que Jesus elogia a desonestidade e a corrupção do administrador.
Naquela época, os administradores deviam entregar ao empresário uma determinada quantia; o que conseguissem a mais ficava com eles. O que fez o administrador? Renunciou ao que lhe cabia nos negócios. Ele entendeu que, no futuro, mais do que dinheiro, precisava de amigos.

Por isso, renunciou ao dinheiro, para conquistar amigos. * A "esperteza" do administrador revela a criatividade, que falta aos "filhos da luz". Devemos também usar essa "esperteza" para tornar sempre atual a mensagem de Cristo.


A Busca desenfreada pelo dinheiro continua...O dinheiro é o deus de muita gente, que está disposta a tudo desde que faça crescer a conta bancária. Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalha doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo, e esquece de Deus, da família, dos amigos e até própria de saúde; por dinheiro, há quem vende a sua dignidade, a sua consciência e renuncia a princípios em que acredita.
Por dinheiro, há quem não tem escrúpulos em sacrificar a vida ou o nome dos seus irmãos; por dinheiro, há quem explora os operários,  não paga um salário justo... Talvez nunca cheguemos a estes casos extremos; mas, até onde seríamos capazes de ir, por causa do dinheiro? A adoração ao "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida e de felicidade.
Jesus não quer dizer que o dinheiro... Seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro é necessário para a vida, mas não pode se tornar uma obsessão, uma escravidão, pois não nos assegura a conquista dos valores duradouros e da vida plena. O Dinheiro é um "ídolo tirano", que nos escraviza e nos torna insensíveis a Deus e às necessidades dos outros.
Jesus conclui com sentenças sobre o bom uso das riquezas: "Ninguém pode servir a DOIS SENHORES... a Deus e ao Dinheiro..." Deus e o dinheiro representam mundos contraditórios... Os discípulos são convidados a fazer a sua escolha entre o Mundo do DINHEIRO (de egoísmo, exploração, injustiça...) e o Mundo do AMOR (da doação, da partilha, da fraternidade...)
As riquezas não devem ser obstáculo à Salvação, mas um meio para fazer amigos "nas moradas eternas."Um instrumento de Comunhão entre as pessoas, de amizade, de igualdade... Não servir ao dinheiro, mas nos servir dele para servir a Deus e aos irmãos... Honestidade nos grandes e pequenos negócios, porque quem é fiel no pouco, é fiel no muito, quem é infiel no pouco, também é infiel no muito.  







24º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 15,1-32)
15/09/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo: Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. 'Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.' Então Jesus contou-lhes esta parábola: 'Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 
Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!' Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. 
E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: 'Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!' Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.' E Jesus continuou: 'Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante.
E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos.
O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: `Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'. Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos.
O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. Mas o pai disse aos empregados: `Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa. O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: `É teu irmão que voltou.
Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'. Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: 'Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'. Então o pai lhe disse: `Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'.'


REFLEXÃO
No Evangelho: Jesus fala da MISERICÓRDIA de Deus para com os Pecadores: (Lc 15,1-32). Na Introdução, os fariseus criticam Cristo porque "acolhe gente de má fama e come com eles..." Essa crítica provoca a Resposta de Jesus com as TRÊS PARÁBOLAS DA MISERICÓRDIA. Que ilustram a atitude misericordiosa de Deus: A Ovelha perdida - A Moeda perdida - O Filho perdido.


Elas manifestam a Alegria de encontrar o que estava perdido; A alegria é tão grande, que precisa ser partilhada com os outros; É preciso festejar, tamanha é a felicidade. Elas nos apresentam também Três Realidades: A Existência do PECADO: Apesar da tendência que nega qualquer forma de pecado, devemos sustentar a existência do Pecado.

Nas leituras de hoje, encontramos vários exemplos: A IDOLATRIA dos judeus...A PERSEGUIÇÃO de Paulo. A Atitude de INJUSTIÇA do Filho pródigo para com o Pai e a vida desordenada com meretrizes...A negativa de PERDÃO do irmão mais velho...O PURITANISMO dos fariseus e escribas, que murmuravam...
A MISERICÓRDIA de Deus: O Pai respeita a liberdade do filho, mesmo quando busca a felicidade por caminhos errados...Continua a amar e a esperar o seu regresso. E quando volta...Corre ao encontro, mesmo antes do filho pedir perdão...O Beijo revela o perdão, a acolhida, a alegria...A veste: manifesta que devolve a dignidade... Uma vida nova. O anel: simboliza o poder... É recebido "como filho", não como empregado...

As sandálias: são próprias do homem livre, não do escravo... Festeja com a alegria. O retorno. É a atitude de Deus para com os filhos afastados... O Filho desprezou sua dignidade de filho, o Pai nunca abandonou seu amor de Pai. Por que o filho mais novo quis ir embora? Porque desejava uma vida de liberdade, longe dos olhos e controle do pai. Ou porque seu irmão tornava a vida pesada e insuportável naquela casa?
A CONVERSÃO do pecador. O Pecado existe, é uma ação humana que se opõe a Deus. Todo pecado é uma ofensa a Deus... Mas a misericórdia de Deus é maior do que todos os nossos pecados... Contudo supõe uma atitude de retorno: CONVERSÃO. Assim entenderemos a preferência de CRISTO pelos pecadores, que humildemente reconheciam suas culpas e procuravam sinceramente uma conversão.
E compreenderemos também as censuras de Jesus aos fariseus, representados na Parábola pelo filho mais velho, que não aceita perdoar... Todos nós somos pecadores...
A Igreja não é feita de santos, mas de pecadores perdoados...A Liturgia afirma: "Somos povo santo e pecador...” Paulo: "Jesus veio salvar os pecadores e eu sou o primeiro deles".(1Tm 1,15).
As Parábolas da misericórdia nos revelam um Deus que ama todos. As transgressões dos filhos não anulam o Amor do Pai. Se essa é a atitude de Deus, qual deve ser a nossa para com aqueles que se afastaram de Deus e da Comunidade?  A Atitude de Cristo, dos fariseus? Do Pai, do Filho mais velho?Como viver a misericórdia em nossa Vida, em nossa Família? Renovemos nossa fé em Deus, Pai de bondade e misericórdia, e fiquemos de BRAÇOS ABERTOS também para nossos irmãos.








23º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 14,25-33)
08/09/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo: Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 'Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 
Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 'Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!'Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!'


REFLEXÃO

O Evangelho aponta o "Caminho do Discípulo". (Lc 14,25-33). Jesus está a caminho de Jerusalém, onde seria morto na Cruz... O Povo o segue numeroso, entusiasmado pela sua pessoa. Mas Cristo não é um demagogo, que faz promessas fáceis, para atrair multidões a qualquer preço.
Ele sabia que entre eles havia: Bons, desejosos da boa palavra... Que buscavam sinceramente o Messias...Curiosos: em satisfazer o desejo de novidade... Interesseiros: na esperança de participar da glória e da fama... Inimigos: à espreita de uma ocasião para acusá-lo e condená-lo.
Sem medo de perder alguns simpatizantes. Jesus aponta TRÊS CONDIÇÕES para segui-lo: DESAPEGO afetivo: aos familiares... Até a própria vida: "Quem não 'odeia' o seu pai, sua mãe... até a própria vida, não pode ser meu discípulo...” ODIAR não significa rejeitar os sagrados laços familiares, mas priorizar os valores do Reino.
DISPONIBILIDADE em carregar a Cruz: "Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo..."
A CRUZ é a imagem que melhor sintetiza toda a vida de Cristo. O "Discípulo". É convidado a imitar o Mestre...
RENÚNCIA aos bens materiais: "Quem não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo. Vivendo em função deles, não sobra espaço para Deus, nem relações de partilha e solidariedade com os irmãos... Seguir o Mestre, não deve ser uma atitude passageira, nascida num momento de entusiasmo, mas sim, uma decisão ponderada, amadurecida e coerente até o fim.
Duas pequenas PARÁBOLAS, a TORRE a construir e a GUERRA a conduzir, ilustram a necessidade de planejar, empenhando-se cada dia na vivência cristã. O Povo não podia se deixar levar pelo entusiasmo momentâneo, devia calcular bem, se está em condições de perseverar...
O seguimento de Cristo é um caminho fácil, onde cabe tudo? Ou um caminho exigente, onde só cabem os que aceitam a radicalidade de Jesus? A nossa Pastoral deve facilitar tudo, ou ir pelo caminho da exigência? A grande maioria no nosso povo se diz "cristão"... Seguidor de Cristo... Recebe os Sacramentos de Iniciação... Reconhece os valores de Deus e da Fé... Mas a vivência cristã deixa a desejar...
Muitas vezes, ficamos felizes, quando vemos a igreja lotada... Mas qual é o verdadeiro motivo que leva muitas pessoas à igreja? Os que participam com entusiasmo das cerimônias solenes, das procissões, das romarias... Estão realmente conscientes dos compromissos que a fé cristã envolve?O que nos diria a respeito, o Evangelho de hoje? Cristo está mais interessado no número, ou na qualidade?
Há dois tipos de Religião: As REVELADAS: como a nossa... Em que a Bíblia é a fonte de inspiração... É Deus que se revela e nós aceitamos o que essa revelação nos propõe...
As CRIADAS: que foram inventadas pelos homens, segundo o modelo que mais satisfaz seu modo de pensar e de agir...
Qual nos dá mais segurança de realizar o Plano de Deus? Uma religião mais fácil pode até ser mais atraente... Mas não será a mais fiel à proposta de Cristo... Estamos nós dispostos
A ser verdadeiros Discípulos de Cristo, pelo caminho duro e exigente, que o evangelho. De hoje nos propõe?Peçamos a Deus muita LUZ para compreender essa verdade... E muita FORÇA para sermos fiéis à escolha feita...
Procuremos nesse mês dedicado à Bíblia, valorizar ainda mais a Palavra de Deus dedicando-lhe um tempo especial dentro do nosso dia, para uma atenciosa LEITURA ORANTE DA BÍLIA.











22º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 14,1.7-14)
01/09/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 'Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'.
Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado.' 
E disse também a quem o tinha convidado: 'Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos.'


 REFLEXÃO




O Evangelho mostra que Jesus veio criar uma nova humanidade, fundamentada no espírito da humildade. (Lc 14, 1.7-14). Jesus é convidado a um banquete na casa de um fariseu... E aceita... Mas fica profundamente impressionado com duas coisas, que observa: a corrida pelos primeiros lugares e o tipo de pessoas que foram convidadas. E conta duas pequenas PARÁBOLAS:  

A 1ª é para os convidados que escolhiam os primeiros lugares: Aquele que ocupou o primeiro lugar teve de cedê-lo a um mais importante. Aquele que ocupou o último lugar foi convidado para um lugar melhor. E Jesus conclui: "Quem se exalta será humilhado e  aquele que se humilhar será exaltado".
A 2ª é para quem convidara: "Quando deres uma refeição, não convides os que poderão te retribuir... Pelo contrário, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos... Terás uma recompensa na ressurreição dos justos..."Resumindo: Jesus propõe duas atitudes: Na escolha dos lugares:  HUMILDADE... Na escolha dos convidados: GRATUIDADE: Amor sem interesses.
O que Jesus observaria hoje? Na Sociedade, ainda há pessoas procurando os primeiros lugares? Escolhendo o trabalho que lhes dê mais lucro... Procurando lugares que dêem destaque, status e importância; preferindo ocupações onde possam ter poder sobre os demais; ou ficando decepcionadas, quando não lhes dão o "devido lugar?"
Na Igreja, também existe a corrida pelos primeiros lugares? A Igreja deve ser a comunidade onde se cultivam a humildade, a simplicidade, o amor gratuito e desinteressado.  - Mas é assim? Ou assistimos às vezes uma corrida desenfreada pelos primeiros lugares: pessoas cuja ambição se sobrepõe à vontade de servir…Buscam títulos, honras, homenagens, lugares privilegiados, e não o serviço humilde e o amor desinteressado?
Na catequese, que Lucas nos propõe hoje, fica claro que as relações entre os membros da comunidade de Jesus não se baseiam em "critérios comerciais", mas sim no amor gratuito e desinteressado. Só assim todos terão aí lugar, numa verdadeira comunidade de amor e de fraternidade. Como é bonito numa Comunidade, onde há humildade... Solidariedade... Sintonia entre as diversas Lideranças, Pastorais e Movimentos...
Não gastaríamos então tantas energias em pequenas implicâncias e disfarçado espírito de competição...Na Política, existe também a corrida pelos primeiros lugares? E essa corrida é um desejo sincero de serviço pelo bem do povo ou uma busca de vantagens para pessoas ou grupos? Para garantir os primeiros lugares, podemos fazer uso de qualquer meio?
Quem são os NOSSOS convidados?  Na Sociedade de hoje, costuma-se convidar quem garanta lucro... Recompensa... Poder... Fama... Posição social... Elogios...Jesus nos convida a uma atitude de GRATUIDADE...Quando prestei um favor à gente simples, sempre gostei de ouvir uma expressão: "Deus lhe pague!" Sim, o próprio Deus se torna o nosso grande FIADOR...
Mês da Bíblia. Com o lema "Alegrai-vos comigo, encontrei o que havia perdido", somos convidados a celebrar mais um mês da Bíblia. O tema desse ano é o Evangelho segundo Lucas sob o prisma do discipulado-missionário, conforme o enfoque do Projeto  de Evangelização: O Brasil na missão Continental e os cinco aspectos fundamentais do processo do discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão propriamente dita.                    







21º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 13,22-30)
25/08/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo: Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. Alguém lhe perguntou: 'Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?' Jesus respondeu: 'Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta!'
 Ele responderá: `Não sei de onde sois.' Então começareis a dizer: Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!' Ele, porém, responderá: `Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!' Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. E assim há últimos que serão primeiros,e primeiros que serão últimos.'





REFLEXÃO
No Evangelho, Jesus aponta o caminho da salvação. (Lc 13,22-30). Começa com uma pergunta dirigida a Jesus: "São muitos os que se salvam?" Os judeus estavam convencidos de que só povo de Israel se salvaria... Jesus não responde à pergunta, dizendo o NÚMERO dos que se salvam...  Prefere revelar o CAMINHO para a salvação.
 Fala que o banquete do "Reino" é para todos. No entanto, não há entradas garantidas, nem bilhetes reservados e estreita é a porta para entrar nele. Complementa o pensamento com uma pequena PARÁBOLA: Um Senhor oferece um banquete.  Todos podem tomar parte, porque é de graça. Todos procuram entrar.


Alguns passam outros não conseguem. A um certo ponto a porta se fecha. Quem está dentro? Os patriarcas... Os profetas...  E uma multidão incontável, vinda de todos os lados...  Quem está fora? Um grupo que conheceu o Senhor e  pretende entrar de qualquer jeito, expondo os seus motivos: "Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças". E o Senhor não abre a porta e os manda embora...  Não basta o privilégio de pertencer ao povo eleito... E, aos "convencidos" de ter a salvação garantida, conclui com um alerta: "Não vos conheço.

A Salvação é oferecida para todos independentemente de raça, de condição social, econômica ou religiosa... Deus oferece gratuitamente a Salvação, mas espera nossa resposta, o nosso compromisso com os valores do Evangelho.
Basta acolher essa oferta, aderir a Jesus e entrar pela "porta estreita".  Mas para muitos, a "porta estreita" não é muito popular... A felicidade se encontra no poder, no êxito, na exposição social, nos cinco minutos de fama que a televisão proporciona, no dinheiro... 


Para passar pela PORTA ESTREITA, são necessárias duas coisas: Desfazer-se de muitas "gorduras", de tanta coisa desnecessária... Tornar-se pequeno, simples, humilde, servidor, como criança: "Quem não se fizer como criança não terá lugar no reino de Deus". Os de grande estatura e os gordos não passam... 



Um alerta: Não haverá privilegiados, entradas garantidas, bilhetes reservados... O ser cristão não é um meio mágico de salvação; ela é o resultado do encontro entre o esforço humano e o dom de Deus. Para salvar-se, não basta entrar na Igreja uma vez pelo Batismo, mas querer entrar todos os dias pela "porta estreita" da fidelidade à mensagem de Cristo e do Evangelho. 

Naquela hora, não haverá desculpas: Sou católico desde criança... Vou à missa todos os domingos, confesso com frequência, pago sempre o dízimo, ajudo a Igreja...  Sou amigo do Padre... Do Bispo...  Fiz o cursilho... O seminário da RCC... Sou membro do Apostolado.


Naquela hora, poderá ter surpresa: "Não sei de onde vocês são... afastem-se de mim... Há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos." Estranhos entrando na glória e "praticantes" excluídos do banquete... São muitos os que se salvam? Jesus não respondeu diretamente à pergunta quanto ao Número, fala dos Destinatários da salvação e o Caminho para consegui-la": A "porta estreita" do despojamento e da humildade.


Se olharmos apenas as exigências de entrar pela "porta estreita", poderíamos ficar preocupados...Mas sabemos que Deus é mais bondade e misericórdia, do que justiça. Cristo nos garante: "Eu sou a porta, quem entrar por mim, será salvo..." (Jo 10,9) E Paulo nos garante uma verdade muito consoladora: "É vontade de Deus que todos os homens se salvem, e todos cheguem ao conhecimento da verdade..." (1Tm 2,4) A porta é estreita, mas está aberta... 

Dia do Leigo e do Catequista. Saudamos nesse dia a todos os LEIGOS e CATEQUISTAS que exercem esse precioso serviço na Comunidade. Obrigado por tanto bem que realizam.







 ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA  (Lucas 1,39-56)
18/08/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!" 
Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu". Maria disse:
"A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhosos. Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos despediu, sem nada, os ricos. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre". Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.


REFLEXÃO

No Evangelho, Isabel proclama Maria bem-aventurada. (Lc 1,39-56) Pela Visitação, na Judéia, Maria levava Jesus pelos caminhos da terra. Pela Dormição e pela Assunção, é Jesus que leva a sua mãe pelos caminhos celestes, para o templo eterno, para uma Visitação definitiva. Maria Mãe dos crentes: Cheia do Espírito Santo, ela ACREDITOU... Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
O texto apresenta uma CATEQUESE:  "Entrou na casa de Zacarias e SAUDOU Isabel... Ouvida a SAUDAÇÃO, Isabel exultou de alegria". A saudação usada é "Shallon", que significa Paz... Para os judeus é o resumo dos bens prometidos por Deus ao seu Povo. Nos lábios de Maria: o Messias esperado já chegou... Maria leva com Jesus a Paz, a Alegria...

Bendita és tu entre as mulheres. Saudação dirigida a Jael e Judite, no Antigo Testamento... Maria também pertence à categoria dos instrumentos frágeis e pobres, com que Deus se serviu para realizar as suas maravilhas...

"Donde me vem a honra de vir a mim  a Mãe do meu Senhor?" Palavras de Davi, quando recebeu a Arca  da aliança em Jerusalém. Maria é a nova Arca da Aliança. Desde que Deus escolheu fazer-se homem, não habita mais em construções de pedra, em um templo, em um lugar sagrado, mas no ventre  de uma mulher. O Filho de Maria é o próprio "Senhor".

Levar o Senhor dentro de si não é um privilégio só de Maria. Todos nós somos chamados a ser, uma "Arca da Aliança",  com a tarefa de levar o Senhor aos homens. Existe um SINAL evidente que permite verificar se os cristãos de hoje são "arca da aliança": é a ALEGRIA. Maria onde chega, provoca uma explosão de alegria...
A nossa presença nos diversos ambientes... provoca alegria ou às vezes é motivo de tristeza? As comunidades comunicam alegria e esperança? Os pobres exultam de alegria em nossos encontros? "Bem-aventurada és tu porque acreditaste..." É a primeira  bem-aventurança  no evangelho de Lucas. Maria é bem-aventurada não porque viu, mas porque ACREDITOU na Palavra do Senhor.
FÉ autêntica funda-se na escuta da Palavra e se manifesta na adesão incondicional a essa Palavra...Nesta festa, Maria nos ensina um tríplice segredo: O segredo da FÉ: "Eis aqui a serva do Senhor". O segredo da ESPERANÇA: "Nada é impossível para Deus". O segredo da CARIDADE: "Maria pôs-se a caminho..."
Minha alma glorifica o Senhor..." O CÂNTICO DE MARIA descreve o programa de Deus,que ele começou a realizar desde o início, que prosseguiu em Maria e que cumpre agora na Igreja. Palavras que lembram o "Canto de Ana", Mãe de Samuel... É um canto composto depois da Ressurreição de Cristo, inicialmente atribuído à "Virgem ISRAEL": pobre, humilhada, desprezada pelos povos vizinhos, mas agora glorificada...   
Nos lábios de Maria: Ela é a Virgem Israel, porque dela nasceu o Salvador. É um grito de alegria, de gratidão e de esperança... Alegremo-nos pela glorificação de Maria e pela ESPERANÇA de nossa própria Glorificação.  Um dia poderemos estar lá, onde ela já está... No dia dedicado aos "RELIGIOSOS", Maria é apresentada como Modelo de pessoa consagrada e um "Sinal" de Deus no mundo de hoje.                             
  








19º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 12,32-48)
11/08/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 'Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem,um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. 
Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse à hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 
Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes'. Então Pedro disse: 'Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?' E o Senhor respondeu: 'Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. Porém, se aquele empregado pensar: 'Meu patrão está demorando', e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 
Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!



                                             
REFLEXÃO


No Evangelho, temos a Experiência dos APÓSTOLOS. (Lc 12,32-48). O texto continua o "caminho de Jerusalém"... Os apóstolos eram poucos e fracos, num mundo hostil. Jesus lhes garante: "Não temais, pequeno Rebanho, porque é do agrado do Pai dar a vós o Reino". E os convida a uma VIGILÂNCIA permanente (na "noite"): "Vigiai... o Senhor pode chegar quando menos esperamos."
Exemplifica a verdade com 3 PARÁBOLAS: Os Servos que esperam o Senhor voltar do casamento. O Ladrão que chega de surpresa. O Administrador fiel... E conclui, respondendo à pergunta de Pedro: "Quem deve vigiar?". TODOS: sobretudo os Animadores da Comunidade cristã, que devem permanecer fiéis às suas tarefas de animação e de serviço.
A Comunidade cristã é pequena e frágil... Por isso, os cristãos devem viver em permanente vigilância dando primazia aos valores do Reino e aguardar a chegada do Senhor.    

O Que nos diz esse evangelho, no dia dos pais? Talvez também vocês, PAIS, estão preocupados com o mundo, que os seus filhos estão enfrentando... Jesus lhes garante: "Não tenhais medo... tende uma fé vigilante...” FÉ em DEUS... E nos FILHOS... Mesmo nas falhas e limitações...VIGILANTE: Sendo uma presença certa na hora exata...
Ser Pai não significa apenas gerar a vida, mas acompanhar, vigiar, amparar, proteger a vida gerada. É dividir com Deus a missão de criar, de gerar, pois o Pai criador gerou a vida no mundo e quis compartilhar essa tarefa com vocês...
E, Vocês, FILHOS,também estão preocupados com seus pais? "Não tenhais medo". Todo pai é um lutador, que vence barreiras e vence os obstáculos. Se os desafios existem, maiores são as forças para enfrentá-los. Aos pais que desta vida já partiram, obrigado pelo exemplo de amor que deixaram, como símbolo de sua existência neste mundo. Que o Criador, nosso Pai, proteja todos os nossos pais.
Nesse domingo, iniciamos a Semana Nacional da Família... Com o lema: "A transmissão e educação da fé cristã na Família". Nas famílias, que viverem essa "fé vigilante", haverá a Paz e Alegria, que todos nós desejamos encontrar....
Que tal nessa semana, em família: REZAR juntos... Algo ... Todos os dias... DIALOGAR um pouco mais: O que está ajudando? - O que está prejudicando? Vamos rezar para que todas as nossas famílias possam ser aquela família que Deus quer...









18º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 12,13-21)
04/08/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo: Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: 'Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.' Jesus respondeu: 'Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?' E disse-lhes: 'Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.' E contou-lhes uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 
Ele pensava consigo mesmo: O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,mas não é rico diante de Deus.'


REFLEXÃO
No Evangelho, Cristo denuncia a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos... Um desconhecido pede a Jesus para resolver um problema de herança. Jesus se recusa, porque é difícil fazer justiça quando existe cobiça.  E adverte: "Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA... a vida de um homem não consiste na abundância de bens..."
Para ilustrar essa verdade, conta a Parábola do RICO INSENSATO, que construiu grandes celeiros para armazenar a colheita abundante, pensando assim ter segurança para viver tranquilamente. Pura ilusão: Naquela mesma noite veio a morrer... e se apresentou de mãos vazias diante de Deus..
E Jesus conclui: "Assim acontece com quem  guarda tesouros para si e não é rico diante de Deus."O pecado foi "acumular apenas para si". Não agradeceu a Deus, nem partilhou com os irmãos.
Quantas brigas e divisões em família... na divisão da herança!  Quantas lutas... para vencer o concorrente... e ter mais! Quantas injustiças e corrupção... no desejo insaciável de bens!  Quantas discriminações: porque as pessoas valem pelo que têm!
O ensinamento de Jesus toca em cheio os cristãos encantados com o capitalismo neoliberal e sua apologia do lucro e do acúmulo de bens. Ficam anestesiados diante das necessidades dos irmãos. Cristãos vivendo na riqueza, enquanto muitos irmãos na fé vivem na indigência, sem experimentarem a solidariedade dos seus irmãos e irmãs na fé abastados.
Hoje em dia é muito comum pôr tudo no seguro...Há seguro de vida, para carros, roubos, incêndios, acidentes...Nossa vida também deve ser assegurada. Mas a vida eterna não pode ser assegurada com as riquezas desse mundo... e sim com os tesouros reconhecidos por Deus. O dinheiro nos dá a falsa sensação de segurança.
O único fundamento seguro de nossa existência é Deus... E, nele, o próprio dinheiro adquire outro sentido: Não será mais instrumento de SEPARAÇÃO entre os homens, mas sim de COMUNHÃO, um sinal de amor...Onde estamos depositando a nossa segurança e  construindo a nossa felicidade? Não nos esqueçamos: nosso coração foi feito por Deus, e apenas em Deus encontrará a verdadeira e plena felicidade...
A Vocação é um dom gratuito, um chamado, um convite, uma proposta de Deus, que se apresenta à nossa liberdade e nos pede uma tomada de decisão. Esse chamado é um grande mistério de amor entre nós e Deus, que conhece bem o coração de cada um.  Nesse domingo, queremos lembrar de modo especial a Vocação Sacerdotal. Aos nossos Padres, a nossa gratidão e a nossa prece!...               





17º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 11,1-13)
28/07/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.


Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: 'Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos.' Jesus respondeu: 'Quando rezardes, dizei: `Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 




Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação'.' E Jesus acrescentou: 'Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: 


`Amigo, empresta-me três pães, porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer', e se o outro responder lá de dentro: 'Não me incomoda! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães'; eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário.


Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto.Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!















REFLEXÃO



No Evangelho, JESUS reza e ensina a rezar. (Lc 11,1-13) Lucas destaca sempre a vida de oração de Jesus. O texto não quer ensinar uma fórmula a ser memorizada e mecanicamente repetida mas propor o espírito e o conteúdo fundamental de toda oração cristã. É diálogo de filho  com o Pai.  (em Mateus 7 pedidos, em Lucas apenas 5).

A Introdução apresenta o contexto em que Jesus ensinou o Pai Nosso. Jesus estava rezando... Os Apóstolos, impressionados, pedem: "Ensina-nos a rezar..."Jesus responde: "Quando rezardes, dizei: PAI NOSSO..."
A Oração: "Pai nosso..."Que imagem temos de Deus?  De um patrão exigente, um juiz severo, do qual devemos ter medo?  Deus é PAI... e é Nosso (não apenas meu)..."Santificado seja o vosso Nome..." Que o Pai seja reconhecido por todos... Quando?  Quando é ovacionado com salva de palmas? Ou quando a Salvação alcança o coração de todos os homens?  
"Venha a nós o vosso Reino..."Reino de Justiça, de Amor e Paz,  de Liberdade, de Fraternidade... "Dai-nos hoje o pão necessário ao nosso sustento..."Todos precisamos do pão... e das coisas necessárias para uma vida digna. Isso não dispensa o nosso esforço e o nosso trabalho. "Nosso" "de todos..."
"Perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos..." Não é possível rezar o Pai Nosso, tendo ódio no coração. Muitas vezes, o amor e a união só são possíveis pelo caminho do perdão..."Não nos deixeis cair em tentação...":  Sobretudo o abandono da fé...  dos projetos de Deus...para abraçar  o espírito do mundo...
Duas Parábolas completam o quadro: A 1ª salienta a eficácia da Oração perseverante: O "Amigo inoportuno" é atendido: "Pedi e recebereis..." A 2ª convida à Confiança: lembra o amor de pai para os filhos..."Se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem."
Não basta rezar...devemos rezar como convém... A Oração deve unificar  a vida de um homem  com Deus...deve impregnar a vida  de cada dia... não é uma "gaveta" isolada.  Que dizer de fórmulas "milagrosas", das "orações de poder?"Das orações comerciais: "dou, se me deres?"Dos decepcionados, quando não são atendidos?


O Valor da Oração não está condicionado: Ao comprimento das velas... - Ao número de vezes que repetimos... Ao comprimento da fita...       - Ao número de nós no barbante... À fórmula milagrosa..Ao lugar em que fazemos... Ao Santo que invocamos...Mas sim ao espírito de FÉ e AMOR com que a fazemos.


REZAR: É um DIÁLOGO familiar com Deus, que brota de um ato de fé e de um ato de amor e que nos leva a entrar no Plano de Deus: "Seja feita a vossa vontade..." REZAR: Não é apenas orar com os lábios, mas também  com a inteligência, com o coração e com toda a nossa vida...REZAR requer um clima de amizade com Deus, como Abraão, ter consciência de que temos um PAI, não somos órfãos na vida.Temos tempo para rezar? Quando nos lembramos de rezar? Só nos momentos de apuro, como um pronto-socorro?
Os apóstolos sentem a necessidade de orar e de aprender a orar porque viram como Jesus rezava... E Você, Pai (ou mãe) reza profundamente com o seu Deus, a ponto provocar em seu filho o pedido:  "Pai (Mãe), ensina-me a rezar?" Estamos aqui reunidos, porque acreditamos na Oração...
Ela está marcando de fato a nossa vida, de modo a impressionar também os que aqui não vem, percebendo em nós a alegria de alguém se encontrou com Deus na oração? Se ainda não o conseguimos... façamos nossa, a oração dos apóstolos: "Senhor, ensina-nos a rezar..."














16º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 10,38-42)
21/07/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo: Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: 'Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!' O Senhor, porém, lhe respondeu: 'Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada. '








REFLEXÃO

No Evangelho, MARTA e MARIA acolhem Jesus em sua casa. MARTA preocupa-se com os trabalhos para acolher bem o visitante em sua CASA. MARIA, ao contrário, SENTA-SE aos pés do Mestre  e acolhe a Palavra de Jesus em seu CORAÇÃO...
Duas formas sinceras de acolher... Mas diante da reclamação de Marta, Jesus afirma que a atitude de Maria lhe era mais agradável. 
A escuta da sua palavra é o ponto de partida na caminhada da fé. A Hospitalidade é um gesto sagrado desde o Antigo Testamento... Não é só abrir a porta  da casa, mas é também abrir os ouvidos e o coração, para dar a nossa atenção àquele que veio ao nosso encontro.

Quem são as Martas e Marias, HOJE? Na Vida Prática: Você valoriza mais as pessoas, ou as coisas, os trabalhos, a casa, os negócios? Na Família... Você, Esposa, costuma acolher com carinho, com atenção e com sorriso o seu esposo que chega cansado do trabalho ou o seu filho que retorna da escola?   

Você, Marido, mesmo cansado, escuta com interesse, sua esposa que deseja lhe contar como foi o dia?E você, Jovem, sabe dar a devida atenção a seus pais, que trabalham o dia todo por você? Na Comunidade...Você encontra tempo para "sentar aos pés de Jesus e escutar a sua palavra"? Ou apenas se satisfaz  em "fazer coisas"? Fato decisivo para ser "Discípulo" de Cristo,é estar disposto a escutar a sua Palavra...

Na Sociedade...Você tem tempo para parar e escutar os que chegam até você, reconhecendo neles a voz de Cristo (ou a visita de Deus)? Ou apenas se contenta em oferecer "coisas"? Na Ação Pastoral... como servimos a Deus? O Evangelho nos mostra dois modos: como Marta e Maria...Damos o devido tempo entre Ação e Contemplação, Trabalho e Oração...  
Ação, sem escuta da Palavra de Deus, torna-se vazia...E Oração, sem ação, é estéril e alienante... Nossa atitude não seja apenas a de Marta, nem apenas a de Maria...mas a de Marta e de Maria, juntas, se completando em nós...Cristo ainda hoje continua nos advertindo: "Marta, Marta..."Cristo continua ainda hoje batendo à nossa porta. Sua voz tem inúmeros timbres.
Procuremos reconhecê-la e abrir a porta sem fazê-lo esperar. Para acolher Jesus, devemos encontrar tempo para nos sentar a seus pés, escutá-lo e escutar os outros; tempo para rezar; tempo para servir; um coração pronto e disponível. A Conferência de Aparecida fala em gastar mais tempo para escutar as pessoas...O que poderíamos fazer nesse sentido?            













15º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 10,25-37)
14/07/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo: Um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: 'Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?' Jesus lhe disse: 'O que está escrito na Lei? Como lês?' Ele então respondeu: 'Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!' Jesus lhe disse: 'Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás. ' 
Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: 'E quem é o meu próximo?' Jesus respondeu: 'Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
 Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: 'Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais.' E Jesus perguntou: 'Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?' Ele respondeu: 'Aquele que usou de misericórdia para com ele.' Então Jesus lhe disse: 'Vai e faze a mesma coisa.'



REFLEXÃO
No Evangelho, CRISTO aponta o caminho da vida eterna, respondendo a duas perguntas de um Mestre da Lei: (Lc 10,25-37) 1. "Que devo fazer para alcançar a vida eterna"? - Jesus o questiona: "O que diz a Lei?" - Ele resume os 613 preceitos em dois: o Amor a Deus e o Amor ao Próximo... (Dt 6,5; Lev 19,18) - Jesus concorda: "Respondeste bem... FAZE isto e viverás". 
E ele insiste com a segunda pergunta: 2. "E quem é o meu próximo?" Na época de Jesus, "próximo" era o membro do Povo de Deus; excluíam os inimigos, os pecadores e os não praticantes... Jesus responde não com uma definição, mas com um exemplo prático... com a maravilhosa Parábola do BOM SAMARITANO.
Um homem é assaltado por ladrões...  que o deixam jogado meio morto à margem da estrada.  - Ali passa um SACERDOTE, que sabe tudo sobre a Lei: vê o homem jogado, mas vai adiante. - Passa também um LEVITA, que trabalha diariamente no templo, mas não sabe nada de Deus: não tem misericórdia para aquele homem.Vê o homem e vai em frente.


Passa também um "SAMARITANO" que não sabia tão bem a Lei de Moisés. Esse "pagão" sente "compaixão" (sentimento próprio de Deus). Supera a hostilidade entre judeus e samaritanos, esquece seus negócios, seus compromissos, seu cansaço, o medo... "Aproxima-se dele, derrama óleo e vinho nas feridas. Depois o coloca em seu animal e completa os cuidados na pensão". 


E Jesus concluiu: "Vai e faze tu o mesmo". A Parábola nos diz que... - A "Vida eterna" é encontrada no Amor a Deus, concretizado no Amor ao Próximo. Para ter a vida devemos fazer de quem está perto de nós o nosso próximo. PRÓXIMO é todo irmão, que necessita de nossa ajuda e de nosso amor.

E Jesus concluiu: "Vai e faze tu o mesmo". A Parábola nos diz que... - A "Vida eterna" é encontrada no Amor a Deus, concretizado no Amor ao Próximo. Para ter a vida devemos fazer de quem está perto de nós o nosso próximo. PRÓXIMO é todo irmão, que necessita de nossa ajuda e de nosso amor.


Mais importante do que saber quem é o "próximo", é tornar-se próximo de quem precisa... PRÓXIMO é quem age com misericórdia e compaixão... Cristo foi o verdadeiro Bom Samaritano, que antes de ensinar a Parábola a fez realidade em sua vida acolhendo a todos. E ele nos convida: "Vai e faze tu o mesmo..." Esse gesto é um aspecto fundamental da missão da Igreja. 


A Parábola propõe Três PASSOS para realizar o amor misericordioso: Ver, Ter compaixão e Agir... + Quem é o nosso Próximo, HOJE? Só os amigos, os familiares? Os que nos ajudam? Gente do nosso grupo? Ainda hoje, há pessoas à beira das estradas, assaltadas pela violência ou opressão... precisando de nossa ajuda.

Qual é a nossa atitude para com elas? A do Sacerdote e do Levita, que olharam o 'coitado' e passaram à frente, porque não tinham tempo, deviam cuidar dos seus trabalhos? Ou a figura simpática do Bom Samaritano, que mesmo estando de viagem, soube parar... e oferecer a esse coitado aquilo que estava ao seu alcance, para  suavizar a sua situação?  
E nós, que aqui estamos reunidos nessa celebração para fortalecer a nossa fé e o nosso amor, sabemos quem é o nosso próximo? Qual é o seu nome? Reconhecemos de fato a presença de Cristo nas pessoas que encontramos ao longo dos caminhos do mundo? Ou preferimos não perder tempo e seguir o nosso caminho, deixando o nosso próximo na sarjeta do abandono?










14º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 10, 1-12.17-20)
07/07/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo: Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. E dizia-lhes: 'A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 
Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: `A paz esteja nesta casa!' Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 
Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: 'O Reino de Deus está próximo de vós. 'Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: Até a poeira de vossa cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. 
No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo! Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade. Os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: 'Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome. ' Jesus respondeu: 'Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.'






REFLEXÃO

No Evangelho Jesus envia os 72 discípulos.  (Lc 10,1-12.17-20) É uma catequese sobre a MISSÃO DA IGREJA. O texto tem 2 partes: O Envio para a Missão e a Volta da Missão. 1. A MISSÃO: Destinatários: São todos os povos e raças.  Ninguém é excluído... O Número 72 é simbólico: 72 eram todos os povos conhecidos então.  
 Método: "Enviou-os dois a dois". O anúncio do evangelho é uma tarefa comunitária, que não é feita por iniciativa pessoal, mas em comunhão com os irmãos. * Muitas pastorais não progridem... Por que será? Não estará faltando espírito de comunidade?
Objetivo: "Ir à frente de Jesus, preparando a sua chegada..."A tarefa dos discípulos não é pregar a sua própria mensagem, mas preparar o caminho de Jesus e dar testemunho dele. É ir à frente, como João Batista, para revelar e apontar  aquele Jesus, que embora presente no meio dos homens, ainda não é conhecido por eles... 
Qualidades necessárias em seus missionários: - Pessoas que rezam: "Rogai... a messe é grande..." A Oração é a fonte da Missão... - Pessoas que anunciam o Reino numa sociedade hostil:   "Estou enviando vocês, como cordeiros em meio a lobos" - Pessoas desprendidas... sem grandes "equipamentos"...  "Não levem bolsa, nem sacola, sandália...
-Pessoas simples que participam da vida do Povo... e confiam na hospitalidade : "Comei e bebei o que oferecerem"... - Pessoas que têm uma grande confiança no Pai... mesmo quando os frutos não são visíveis.
Conteúdo da Mensagem:- Anúncio do "REINO" desejado por Deus: "O Reino está próximo de vós." - Anúncio de PAZ: "Em qualquer casa  em que entrardes, dizei primeiro, a Paz...”- Gestos de LIBERTAÇÃO, que completem o anúncio e mostrem a presença do Reino.  "Quando entrardes numa cidade... curai os doentes.. e dizei que o Reino de Deus está próximo..."O Missionário deve mostrar nos gestos, o que ele anuncia em palavras.

Um Alerta:

"A quem não vos receber, sacudi o pó de vossas sandálias...” Deus respeita a liberdade de aceitar ou não...mas quem não o aceita, torna-se responsável pela sua recusa... 2. A VOLTA DA MISSÃO:
Os Discípulos voltam alegres contando as realizações.- Jesus escuta com interesse...* Quanta alegria em refletir e celebrar juntos as pequenas e grandes conquistas de cada um... Como é importante encontrar alguém que nos escute...
Mas Jesus adverte: não devem se envaidecer com o sucesso... "Alegrem-se antes porque seus nomes estão escritos nos céu..."Jesus não está preocupado com a "Pastoral de resultados" * A qualidade dos missionários não se mede pelas estatísticas, nem mesmo pelas igrejas cheias... Para Jesus crucificado, abandonado pelos discípulos, porque foi fiel até a morte, a própria Cruz foi um grande momento de glória.
Conclusão:
Uma Oração: "Pai, eu te louvo, porque ocultaste estas coisas aos sábios e as revelastes aos pequeninos. SIM, PAI, porque  assim foi do teu agrado. + Quem são os 72 Discípulos, hoje? A Igreja nos envia como "Discípulos e Missionários de Cristo", para a "GRANDE MISSÃO", a fim de impulsionar a busca dos católicos afastados ou dos que pouco conhecem Jesus Cristo, para formar um continente de Vida, de Amor e de Paz.   
É importante não esquecer as instruções deixadas por Jesus aos 72













SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO (Mateus 16,13-19)
30/06/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus.



Naquele tempo: Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas". Então Jesus lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo".
 Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz es tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus".





REFLEXÃO

No Evangelho temos um episódio de Jesus com os apóstolos: (Mt, 16,13-19) A 1ª parte, de caráter cristológico, centra-se em JESUS. Na definição de sua identidade: "Quem sou eu?" A 2ª parte, de caráter eclesiológico, centra na IGREJA, que Jesus convoca ao redor de Pedro: "Sobre essa Pedra edificarei a minha Igreja".
Na opinião dos discípulos,        Jesus vai muito além. Pedro resume o sentir da Comunidade na expressão: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo". Para os membros da Comunidade, Jesus não é apenas Messias esperado: é também o "Filho de Deus".
Quem é Jesus para mim? É uma pergunta fundamental para a vida cristã. Deve ecoar sempre em nossos ouvidos e em nosso coração.
Não bastam as respostas da catequese ou dos tratados de teologia.
Devemos interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa em nossa existência...Devemos gastar a vida inteira confrontando e purificando nossa resposta, sempre de novo, no seguimento do Filho de Deus feito homem.
O que é a IGREJA? O texto responde de forma clara: é a Comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus como "o messias, o Filho de Deus". É uma comunidade organizada, onde existem pessoas que presidem e desempenham serviços. A ela Cristo conferiu poderes de "ligar e desligar" e a garantia de que nem "as portas do inferno terão vez contra ela".
Jesus não fundou muitas igrejas...A verdadeira IGREJA, fundada por CRISTO, foi confiada a Pedro e seus sucessores. Por isso, celebramos hoje também, o DIA DO PAPA. O Papa é Sinal de unidade, aquele que confirma a fé de seus irmãos. O Papa continua sendo o chefe visível da Igreja na terra.
Sua missão é espinhosa, pelas mudanças rápidas e violentas... Pelas contestações dentro e fora da Igreja...Demonstremos concretamente nosso amor para com ele, "rezando" para que Deus...  Dê-lhe muita LUZ... Para apontar sempre o melhor caminho para a Igreja...e muita FORÇA... Para enfrentar com otimismo e alegria as contestações do mundo moderno.
Relembrando hoje o ardor missionário de Pedro e de Paulo, demonstramos o mesmo entusiasmo de "Discípulos e Missionários de Cristo"? Relembrando o Nascimento da Igreja, aceitamos uma Igreja REVELADA, fundada por Cristo, ou preferimos uma "igreja" mais cômoda, CRIADA pelos homens?             











12º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 9, 18-24)
23/06/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Certo dia: Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Quem diz o povo que eu sou?' Eles responderam: 'Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou. ' Mas Jesus perguntou: 
'E vós, quem dizeis que eu sou?' Pedro respondeu: 'O Cristo de Deus. ' Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: 'O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 'Depois Jesus disse a todos: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.



REFLEXÃO
No Evangelho temos a profissão de fé de Pedro no Messias e o anúncio da Paixão. (Lc 9,18-24). No final de sua atividade na Galiléia, Jesus, depois de ter ORADO, provoca os Apóstolos a dizer o que pensam dele, de sua identidade e Missão: "Quem sou eu no dizer do POVO?




Parece um levantamento de IBOPE para verificar sua popularidade...Responderam-lhe: "João Batista, Elias, ou um dos antigos profetas.” Reconhece em Jesus um grande Mestre, um grande operador de milagres, mas um HOMEM apenas...Os DISCÍPULOS deviam ter uma idéia mais amadurecida, pois foram testemunhas de seus milagres e destinatários privilegiados de sua doutrina. Por isso, acrescenta: 


"Mas PARA VÓS, tornou Jesus, QUEM SOU EU?” Pedro, em nome de todos, responde: "Tu és o CRISTO de Deus" A resposta era exata, eco da profecia de Isaías. Pedro reconhece o Messias... Mas que Messias? Como esperavam todos os judeus e os demais apóstolos: um "messias" político, poderoso e vitorioso?  Por isso não era tudo.


E Jesus completa, apontando "O Caminho de Jesus", falando pela primeira vez de sua Paixão...   Apresenta-se como o "Servo Sofredor", desprezado e rejeitado pelos homens, na expressão usada pelo profeta...Para os discípulos, que esperavam um Messias-Rei, tal afirmação deve ter sido dura e decepcionante.

Mas Jesus não volta atrás, pelo contrário, reafirma que o Caminho do Discípulo é o mesmo: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia, e siga-me".
Ele irá à frente para dar o exemplo: Será o primeiro a levar a cruz. Quem quiser ser seu discípulo, há de imitá-lo. E conclui: "Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem a perder, por minha causa, esse se salvará".

Isso implica TRÊS COISAS:
"Renuncie a si mesmo...” Libertar-se de toda ambição pessoal. Libertar-se de todas as seguranças em que se apoia o próprio eu, para estar disponível a seguir a Jesus.
"Tome sua cruz cada dia" Libertar-se sempre do apego à vida e estar pronto a morrer... Nos compromissos diários do cristão. A Cruz é Sinal do cristão. Está presente em toda parte, com muitos nomes.

E Siga-me..." Só quem se libertou do eu e do apego à vida, pode seguir Jesus até o fim, abandonando-se a Deus em favor dos homens. Seguir Jesus não é apenas reconhecê-lo como Messias... Acreditar apenas num pacote de verdades aprendidas na catequese... É segui-lo no caminho do amor, da verdade e da justiça.
Ainda Hoje, muitos o reconhecem como um grande Mestre que pregou o amor, a fraternidade, a paz, a justiça; o admiram pela atenção dada aos pobres e excluídos; o apreciam pela sua coragem, pela sua coerência, pela sua nobreza de espírito, pela sua fortaleza diante da morte... Mas continuam acreditando que os messias são outros: os políticos, os generais, os donos das multinacionais.
Quem é Jesus para nós? A pergunta de Jesus é ainda atual. Não é apenas uma sondagem de opinião...Não é suficiente saber o que os outros dizem... É fundamental o que diz a nossa experiência de fé, de esperança e de amor. Cristo é alguém, que está no centro de nossa existência, cuja vida circula em nós e nos transforma, com quem dialogamos, com quem nos identificamos e a quem amamos? Estamos dispostos a segui-lo, até na cruz?
Reconhecemos Cristo no irmão necessitado, sofredor... No MIGRANTE, cujo Dia Nacional hoje comemoramos?             









11º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 7, 36-8,3)
16/06/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo: Um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 
Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: 'Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora.' Jesus disse então ao fariseu: 'Simão, tenho uma coisa para te dizer.' Simão respondeu: 'Fala, mestre!'
'Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinqüenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?' Simão respondeu: 'Acho que é aquele ao qual perdoou mais.' Jesus lhe disse: 'Tu julgaste corretamente.' Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: 'Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor.
Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor.' E Jesus disse à mulher: 'Teus pecados estão perdoados.' Então, os convidados começaram a pensar: 'Quem é este que até perdoa pecados?' Mas Jesus disse à mulher: 'Tua fé te salvou. Vai em paz!' Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam.



REFLEXÃO
O Evangelho narra a História da MULHER PECADORA. Só Lucas narra esse episódio. É o evangelho da misericórdia. (Lc 7,36-8,3) Jesus aceitava com alegria os convites para fazer refeições nas famílias... Vai à casa de Simão e a conversa estava animada... De repente aparece uma mulher intrusa..  A mulher já era pouco valorizada, imaginemos uma prostituta?  Ela enfrenta a condenação dos "bem comportados".  Não fala nada. Suas lágrimas e o perfume precioso falam por ela.  O gesto tocou o coração de Jesus. 
Por que procurou Jesus? Provavelmente já conhecia Jesus... O Mestre devia tê-la impressionado profundamente.  O seu olhar era diferente dos que a olhavam com interesse para aproveitar de seu corpo e sua beleza...  ou dos que a desprezavam... ou a condenavam... O "muito amor" manifestado pela mulher é o resultado da atitude de Jesus: nasce de um coração agradecido que não se sentiu excluído,  nem marginalizado, mas que nos gestos de Jesus tomou consciência  da bondade e da misericórdia de Deus. 

No episódio, encontramos: Três Personagens: Um que convida um que é convidado, uma que aparece sem ser convidada. Três olhares diferentes: O olhar orgulho de Simão, com desprezo daquela pecadora e com desconfiança até do gesto de Cristo... O olhar misericordioso de Cristo, que valoriza o gesto de amor daquela pecadora e censura a arrogância daquele fariseu puritano... O olhar humilde da Pecadora, que reconhece seu pecado e descobre no gesto de Jesus a misericórdia de Deus.  
A atitude de Deus: Ele ama sempre... Ele ama todos como filhos e a todos convida a integrar a sua família.  É esse Deus que temos de propor aos nossos irmãos e  que temos de apresentar àqueles que a sociedade trata como marginais.
Em nossas comunidades, há ainda hoje situações semelhantes? Sabemos que a Igreja não é formada de "justos", mas de pecadores   que foram perdoados e necessitam SEMPRE do perdão de Deus e dos irmãos. Quantas vezes também nós podemos nos considerar mais ou menos "perfeitos" e desprezamos os que nos parecem pecadores, imperfeitos, marginais!


A figura de Simão representa aqueles que, instalados nas suas certezas  e numa prática religiosa feita de ritos e obrigações bem definidos  e rigorosamente cumpridos, se acham em dia com Deus e com os outros.  Consideram-se "bons cumpridores" de suas obrigações  e desprezam os que não as cumprem.

A exclusão e a marginalização não geram vida nova; só o amor e a misericórdia interpelam o coração e provocam uma resposta de amor. Qual é a NOSSA atitude diante do pecado?Diante dos erros dos outros, imitamos o exemplo de Jesus, que acolhia e perdoava...ou de Simão, que rejeitava e condenava? Diante dos nossos erros e pecados, imitamos o exemplo de humildade de Davi e da pecadora, ou somos tentados a escondê-los, ou, de alguma forma, justificá-los?







10º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 7, 11-17)
09/06/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo: Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: 'Não chore!' 
Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: 'Jovem, eu te ordeno, levanta-te!' O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: 'Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo.' E a notícia do fato espalhou-se pela Judéia inteira, e por toda a redondeza.





REFLEXÃO
No Evangelho, temos a Viúva de Naim. (Lc 7,11-17). Lucas descreve um grande acontecimento humano: o encontro da Morte e da Vida. Dois cortejos se aproximam pelos caminhos de Naim. Um é formado por Jesus e seus discípulos. O outro formado por uma mãe viúva e seus amigos, que levam um féretro para a sepultura. 
Um é precedido por Jesus, o ressuscitado, o vencedor da morte. O outro é precedido por um cadáver. Um representa a comunidade cristã radiante de alegria junto ao seu "Senhor", que a conduz à vida. O outro é símbolo da humanidade que ainda não encontrou Cristo: está a caminho do campo santo e vê a morte como uma derrota irreversível. 

Os dois cortejos se encontram: O "Senhor" SE COMPADECE da dor e das lágrimas da mãe viúva 
(que representa toda a humanidade abatida e desesperada), interrompe a caminhada para a morte e diz: para a Mãe: "não chores mais". Para o Filho: "Levanta-te." 
O que ele faz é sinal da presença de Deus: O pranto torna-se um canto de alegria, os dois grupos se unem num único brado de entusiasmo,  todos glorificam o Senhor, exclamando:  "Um grande profeta surgiu entre nós e Deus VISITOU o seu povo".  A grande novidade não foi adiar a morte por alguns anos, mas o que o fato encerra: a morte foi vencida... Jesus é o SENHOR DA VIDA. 
Ele não abandona o homem nas garras da morte, mas o ressuscita para que viva para sempre. Esta cena se repete todos os dias: Há grandes cortejos cheios de mortos, de mortos que andam e se movem, mas não têm vida: É o grande cortejo dos desempregados, dos drogados, dos analfabetos, dos sem-teto, dos terroristas, dos enfermos, dos inválidos.
Cortejo que passa todos os dias ao nosso lado e não nos damos conta.  Ao encontro dele pode e deve ir outro cortejo, formado de pessoas cheias de vida que acompanham Cristo... Comprometidas em responder à morte com a vida.  Em que cortejo estamos? Que resposta damos aos que caminham no cortejo da morte? Jesus não ficou indiferente diante do sofrimento humano. 
Fez algo para aliviar.  Como seguidores de Cristo, devemos ir ao encontro dos que sofrem. Se não podemos eliminar o sofrimento, podemos ao menos ser solidários. A presença é sempre uma forma de ajudar quem passa por dificuldades... Diante do milagre, o POVO exclamou: "Um grande profeta surgiu em nosso meio e Deus visitou o seu povo". Será que poderá contar conosco?










9º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 7, 1-10)
02/06/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo: Quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: 'O oficial merece que lhe faças este favor, porque ele estima o nosso povo. 
Ele até nos construiu uma sinagoga. ' Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: 'Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: 'Vai!', ele vai; e a outro: 'Vem!', ele vem; e ao meu empregado 'Faze isto!', e ele o faz’. ' Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: 'Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. ' Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.







REFLEXÃO


No Evangelho Jesus atende o pedido de um estrangeiro, porque a fé não conhece fronteiras. (Lc 7, 1-10). As primeiras comunidades cristãs eram formadas por Judeus e pagãos. Entre os judeus, era muito forte a tradição de rejeitar os pagãos... Por isso, Lucas destaca aqueles elementos que podem ajudá-las a superar as desconfianças recíprocas existentes. 
O Centurião: embora não sendo membro do povo judeu, era um homem extraordinariamente bom: Preocupa-se com um dos seus escravos e demonstra muito carinho por ele...  
Os próprios anciãos judeus o elogiam muito.  "Ele merece que lhe faças este favor, pois é amigo da nossa gente, e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga". O Centurião é humilde: humilha-se, solicitando a ajuda dos chefes dos judeus  e chega ao ponto de não se julgar "digno de que Jesus entre em sua casa..." Ele respeita os usos e costumes dos judeus. Não exige contato com um pagão. Basta que ele dê uma ordem e a doença desaparecerá. Jesus admira a fé do Centurião: "Nem mesmo em Israel, encontrei tamanha fé". 
A tal fé responde com o milagre, feito à distância, e assim é atendido o estrangeiro  que se dirige ao Deus de Israel, presente na pessoa de Cristo.  A bondade do centurião, que se preocupa com o servo doente,  sua humilde e sua fé o dispuseram para receber a graça,  muito mais do que tantos outros, pertencentes ao povo eleito. Jesus não faz distinção entre judeus e gentios,  mas onde encontra humildade e fé, entrega-se até de longe,  embora ainda não bem conhecido, como fez com o centurião  Jesus manifesta uma grande simpatia  pelas pessoas que "os Justos" do seu povo desprezam. 
O Samaritano mostra-se mais atencioso do que o sacerdote e o levita (Lc 12,13); O leproso samaritano é o único que volta a agradecer (Lc 17,16); A oração do publicano é mais agradável a Deus, do que a do fariseu (Lc 18, 9-14); Os publicanos e as prostitutas entram primeiro no Reino de Deus (Mt 21, 31); Tiro e Sidônia, cidades pagãs, mostram-se mais disponíveis à conversão,   do que Cafarnaum e Betsaida (Lc 10,13).  
Também hoje, fora das fronteiras das Comunidades cristãs,  há muitas pessoas de bom coração. Qual é a nossa atitude para com elas?  A força da Palavra de Jesus: A salvação é concedida mediante uma palavra, pronunciada "à distância". Com a sua palavra, domina as ondas do mar, faz desaparecer o sofrimento,  a pobreza, a fome, a doença, o medo, o pecado, restitui a saúde, a alegria, a paz. 
A Palavra de Jesus é eficaz hoje como no passado e transforma radicalmente  a vida dos homens, da sociedade, das famílias, do mundo inteiro. É só confiar na sua palavra e o milagre acontece: caem todas as barreiras que dividem os homens,  dissolvem-se os ódios, as invejas, as opressões, as violências.  
A fé não conhece fronteiras nem raças.  Jesus e o Pai, que ele veio revelar, são sempre os mesmos. Pode acontecer que, como aconteceu com Jesus,  encontremos mais fé fora, que dentro de ambientes religiosos. Isso nos deve manter em atitude humilde e respeitosa. 
O respeito é devido também a quem não crê ou professa fé diferente da nossa. Temos em comum a mesma fé no Senhor morto e ressuscitado por nós,  mas cada povo deve poder expressar a própria fé  a partir de sua cultura e realidade.















SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE(João16, 12-15)
26/05/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de compreendê-las agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu.










REFLEXÃO
As Leituras nos ajudam a entender melhor esse tema central da fé:

A 1ª Leitura fala do PAI e da sua obra criadora.  Põe em ação seu projeto: cria o universo com "Sabedoria" e Amor... (Pr 8,22-31) A 2ª Leitura apresenta a obra do FILHO. Através dele Deus-Pai derrama sobre nós os seus dons (a paz, a esperança, o amor de Deus) e nos oferece a vida em plenitude. 


O Evangelho esclarece a missão do ESPÍRITO SANTO:  completará a obra do Pai e do Filho, para que possamos aderir plenamente  ao projeto do Pai e à obra salvadora do Filho.  


O do Catecismo da Igreja Católica afirma:  "Deus deixou vestígios desse mistério na Criação e no Antigo Testamento,  mas a intimidade de Deus Trindade constitui um mistério inacessível  à inteligência humana e até mesmo à fé de Israel.. Esse mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios". 
Só CRISTO nos revelou claramente essa verdade: Fala constantemente do PAI: Felipe: "Mostra-nos o Pai..." (Jo 14,8) Jesus: "Felipe... quem me vê, vê o Pai". (Jo 14,8)  "Quem observa os meus mandamentos... o Pai o amará... e viremos nele e faremos nele morada..." (Jo 14, 23) 
Ensina a Rezar: "Pai Nosso..." (Lc 11,1 ss) Promete muitas vezes o ESPÍRITO SANTO:
 "Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena Verdade" (Jo 16,13) Quando se despede, no dia da Ascensão, afirma:  "Ide... e batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo." 
Por que Jesus nos revelou? Para nos deixar mais um problema? Não... É um gesto de amor e de amizade: A gente revela os segredos de sua vida íntima a quem confia... a quem ama... Porque Deus nos ama, quis revelar os segredos de sua vida íntima... É um convite a também viver em comunhão... em comunidade...  "Pai, que todos sejam um, como eu e tu somos um..." (Jo 17,11)  A Trindade é o modelo da comunidade sonhada.
 + A FESTA DA TRINDADE:

Não é apenas uma oportunidade para falar da Trindade e compreender é decifrar essa estranha charada de "Um em Três"... É um convite para contemplar Deus,  que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor. 


Deus não é um ser solitário que vive sozinho perdido no infinito. O princípio do Amor é o Pai. Sua realização concreta está no Filho Jesus. A perpetuação desse amor é o Espírito Santo. É a festa da COMUNIDADE. As Comunidades cristãs devem, ser a expressão desse Deus, que é amor,   que é comunidade, vivendo numa experiência verdadeira de amor, de partilha, de família, de comunidade... pois a Trindade é a melhor das comunidades. 


É a festa do BATISMO, que nos tornou participantes da vida da Trindade. Hoje somos chamados a renovar nosso compromisso batismal para sermos reflexos da Santíssima Trindade, sinais de comunhão. Quanto mais nos esforçamos para viver em comunhão, de partilha e de esperança num mundo tão dividido, individualista e desesperançado, melhor entendemos o Mistério da Santíssima Trindade.














 SOLENIDADE DE PENTECOSTES(João 20, 19-23)
19/05/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.


Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: 'A paz esteja convosco'. Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio'. E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'.




REFLEXÃO
No Evangelho de João, os Apóstolos recebem a efusão do espírito Santo, no "anoitecer" do dia da Páscoa. (Jo 20,19-23). Eles estão reunidos de "portas fechadas" por medo das autoridades. Jesus ressuscitado aparece "no meio deles",  deseja a PAZ: "A Paz esteja com vocês",  e envia em MISSÃO: "Como o Pai me enviou, eu também vos envio.





Para isso, "sopra" sobre eles, transmitindo-lhes a "vida nova",  a força, o ESPÍRITO SANTO: "Recebei o Espírito Santo..."  e o Dom do PERDÃO e da RECONCILIAÇÃO. O cristão é um "enviado" para viver e contagiar PAZ,  experimentar o PERDÃO e a misericórdia e ser construtor da COMUNIDADE. João e Lucas têm perspectivas diferentes, a finalidade é a mesma: O Espírito que ajudou Jesus a realizar o projeto de Deus, também anima agora a Comunidade cristã.

O nosso Pentecostes... Diante do Fato, talvez invejemos a sorte dos Apóstolos.  E nos esquecemos que o Pentecostes continua acontecendo. Também em nossa vida houve um PENTECOSTES... No BATISMO: - Recebemos pela 1a vez o Espírito Santo. Fomos inseridos na Igreja, obra do Espírito Santo... Mas na CRISMA, recebemos a Plenitude do Espírito Santo... Por isso, o BATISMO é a nossa PÁSCOA...  a CRISMA é o nosso PENTECOSTES. Pelo Batismo: entramos na família, nos tornamos membros da Igreja. Pela Crisma: tornamos-nos membros adultos, atuantes e responsáveis na Igreja...
A chama do Espírito Santo transformou totalmente os apóstolos... A Igreja nasce e se renova constantemente por obra do Espírito Santo. Que essa mesma chama ILUMINE E AQUEÇA a nossa vida  no caminho da Unidade, do Bem e da Verdade.

















7º DOMINGO DA PÁSCOA(Lucas 24,46-53)
12/05/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sereis testemunhas de tudo isso. Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto'. Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi levado para o céu. Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria. E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.





REFLEXÃO

Pouco a pouco, toda a comunidade de discípulos vai sendo “contagiada” pela fé na ressurreição. Essa nova aparição de Jesus nos dá a ideia de que foi um processo que começou com uns poucos (ou umas poucas), até chegar a se transformar numa vivência de tipo comunitário. Certamente foi necessário experimentar as dúvidas, o temor, o sentimento de frustração e de derrota. A comunidade de discípulos termina todo o processo de formação, recordando as palavras e os sinais do mestre durante sua vida pública. Eles e elas ficam agora habilitados para serem testemunhas em todo o mundo, como Marcos enfatiza: “Vá pelo mundo e pregue o Evangelho a toda criatura” (Cf. Mc 16,15).
Ascensão significa, mais que tudo, a permanência de Jesus no meio de nós, na Palavra, na Eucaristia, e em cada gesto de amor-doação. Sejamos capazes, portanto, de olhar para Jesus e lembrar-se dos seus recadinhos carinhosos de vida!!








6º DOMINGO DA PÁSCOA(João 14,23-29)
05/05/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 'Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda a minha palavra. a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 
Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que eu vos disse:
'Vou, mas voltarei a vós`. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.




REFLEXÃO

SE ALGUÉM ME AMA... DEIXO-VOS A PAZ
 O amor e a paz são centrais na meditação deste evangelho para assimilarmos a grandeza e força da Palavra de Deus.O versículo 23 nos apresenta a centralidade do capitulo: respondeu-lhes Jesus – “se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a Ele e nele faremos a nossa morada”. 
O habitar de Deus  no meio de seu povo, que o AT expressava de um modo cultual (Ex 25,8; 29,45; Lv 26,11) e as promessas o anunciavam para o tempo final, agora se realiza no presente da comunidade. Trata-se da imanência da Santíssima Trindade no coração do cristão, que fica convertido em templo de Deus! No meio do deserto e êxodo da nossa história, Deus habita verdadeiramente na tenda e no templo do crente.












5º DOMINGO DA PÁSCOA(João 13,31-33a. 34-35)
28/04/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele”. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.










REFLEXÃO
O amor é, antes de tudo, dom e revelação de Cristo: “dou-vos um novo mandamento”. O amor é dado aos discípulos como sendo mais que tarefa e ordem. Ainda mais: é de Cristo: “este é meu mandamento”.
Diante do sentido do amor na Bíblia (algumas serão citadas a seguir), o momento mais forte para cada um de nós, é o momento em que o próprio Jesus nos fala sobre o amor, nos ensina amar, e acima de tudo, nos ama.
Jesus reúne no “amor” todo o projeto de salvação do reino de Deus. Em outras palavras, “amor” todo o significado de doação de um pelo outro. Neste sentido, resgatamos o amor trinitário em primeiro lugar, o amor de Deus para com seus filhos, e o amor entre os filhos (“amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal” Rm 12,9) e com Deus (Dt 6,5; Js 22,5;). Enfim... falar de amor exige muito de nós: exige tempo, momento, cuidado, cultivo, presença... 
O amor de Deus se manifesta por suas múltiplas intervenções desde a criação (Gn 1ss), passando pela história de Israel (Dt 4,35.37). Ainda na história de Israel, Jeremias fala de seu encontro com o Senhor: “de longe me aparecia o Senhor – ‘amo-te com eterno amor, e por isso a ti estendi meu favor” (Jr 31,3). Assim como está escrito em Sabedoria: “porque amais tudo que existe, e não odiais nada do que fizestes” (Sb 11,24), Deus expressa seu amor aos pobres e esquecidos: (1Sam 2,8; Sl 9,10; 106,41; Tg 2,5).  
No novo testamento vemos a caridade em primeiro lugar, pois é a partir do amor de Deus que nós praticamos a caridade com os que mais precisam (1 Cor 13). O amor deve ser sincero (1Pd 1,22), a fim de abranger os inimigos (Mt 5,44; 6,14; Rm 12,14.17.20; Ef 4,26; 1Pd 3,9; 1Jo 2,9; 4,20s).
Enfim, o amor deve ser dessa maneira, como nos ensina 1Jo 3,18: “meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade”.










4º DOMINGO DA PÁSCOA(João 10,27-30)
21/04/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Naquele tempo, disse Jesus: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um”.






REFLEXÃO
Várias vezes nos deparamos com essa frase: eu e o pai somos um! Na verdade esta expressão bíblica é muito profunda, pois apresenta o coração de Deus presente no mundo a fim de resgatar-nos dos males e oferecer tudo oque tem por meio das suas obras: a sua vida.
Esta é a promessa de Deus: as ovelhas jamais escaparão das suas mãos. Deus envolve suas mãos por meio do Filho para o resgate de cada um: assim, a proposta de vida eterna. Vamos relembrar  um pouco da história e o sentido dos membros do corpo, os quais Jesus toma para exemplo. Na Palavra de Deus, as mãos têm sentidos variados, como por exemplo, na oração de Moisés (Dt 33,3) ao se despedir do povo, afirma: “sim, ele ama os povos; todos os seus santos estão ao abrigo de suas mãos”. Em Isaías: “EU Sou Deus desde toda eternidade. Ninguém poderia escapar de minha mão” (Is 33,13).
Assim, percebemos que Jesus e o Pai são um. Um no amor, no cuidado, na gratidão pelos filhos... Enfim, somos agraciados pelo Pai, que entregou seu filho para dar-nos vida em abundância!
Façamos de nossa vida merecedora de tanto amor! Amém!













3º DOMINGO DA PÁSCOA(João 21,1-19)
14/04/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Naquele tempo, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 
Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram, pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 

Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”.  Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 
Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.
 








REFLEXÃO
Jesus mostra-se próximo e ressuscitado, porém os discípulos voltam às suas atividades normais: pescar. Vamos percebendo que os discípulos se mostram obedientes à Palavra do mestre: lancem as redes. Isso nos compromete com o Reino? Com certeza, pois a graça divina é alcançada com as nossas capacidades de perceber a ação de Deus na nossa vida. A direção ao lançar as redes mostra obediência e coragem desafiadores. Ao deparar com o singelo convite “segue-me” (versículo 19), qual é a sua reação? Responderemos “sim, Senhor, tu sabes que te amo”?
O Evangelho nos convoca a dar resposta a tantos desencontros na nossa vida, mas se permanecermos com Jesus a pescaria é certa... Mas por onde começar? O que fazer? Com o exemplo de Pedro começará nosso compromisso: “vou pescar”! Ir pescar significa sair de nossas acomodações. Convide-nos que iremos pescar e partilhar a refeição!!














2º DOMINGO DA PÁSCOA(João 20,19-31)
07/04/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo.
A quem perdoarem os pecados, eles lhes será perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. Tomé, c
hamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor! “Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 
Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.



REFLEXÃO

O CRISTO vivo e ressuscitado é o Centro da Comunidade cristã. (Jo 20,19-31). A Comunidade insegura e frágil, dominada pelo medo, se estrutura ao redor de Cristo e dele recebe a vida que a anima  e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições.  Na vida da comunidade, encontramos as provas de que Jesus está vivo.
O texto apresenta dois encontros dos apóstolos com Cristo Ressuscitado:
"1º Dia da semana... Oito dias depois..." (Domingo)
Lembra as celebrações dominicais da Comunidade primitiva
e mostra a nossa experiência pascal que se renova cada domingo. O Domingo é o dia do "encontro" com o Ressuscitado. É o dia em que a comunidade é convocada para celebrar a Eucaristia. É no "encontro" com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.
Na Comunidade:                
A Assembleia dominical da Comunidade é o lugar privilegiado para encontrar o Ressuscitado e ouvir a sua Palavra. Não basta rezar em casa, assistir a missa pela TV...Em casa podemos fazer a experiência de Deus, mas não a do Ressuscitado, porque esse se faz presente onde a Comunidade está reunida...
"Com portas trancadas por medo dos judeus..."
Mais do que as portas e janelas, o coração deles estava fechado..
O Ressuscitado os liberta do medo e lhes traz a alegria. Retrata a situação de insegurança e fragilidade, que dominava a comunidade.
A essa comunidade fechada, com medo, mergulhada num mundo hostil, ao aparecer "no meio deles", JESUS.
Transmite o Dom da PAZ...  do PERDÃO: "A Paz esteja convosco.." A quem perdoardes os pecados..." Comunica o ESPÍRITO SANTO: "SOPROU... recebei o Espírito Santo..."
  Envia em MISSÃO:
 "Como o Pai me enviou, eu também VOS ENVIO..."


O Episódio de Tomé é uma CATEQUESE SOBRE A FÉ:
Inicialmente exige provas, só acredita vendo...Não valoriza o testemunho da Comunidade. Não percebe os sinais de vida nova que nela se manifestam...Fora da comunidade, não encontra o Cristo ressuscitado. Depois, voltando à comunidade, no "dia do Senhor" (Domingo),  o encontra e faz uma linda profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus". Quem não encontrou o Ressuscitado na Comunidade  precisa de "provas" para acreditar. 
As dúvidas de Tomé expressam a experiência da Comunidade apostólica. Sua incredulidade evidencia o realismo da Ressurreição e nos convida a crer firmemente neste mistério, mesmo sem ter visto.












DOMINGO DE PÁSCOA(João 20,1-9)
31/03/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo.
Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 
Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. 
Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.

Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.





REFLEXÃO

RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO, VIDA NOVA PARA TODOS!

O primeiro dia nos leva a pensar na importância do domingo para a meditação e contemplação do novo, a novidade. O Domingo é o dia do Senhor, fato real e visto por todos os que ali estavam. Porém, Pedro corre para tirar as dúvidas sobre a ressurreição. A admiração de Pedro deve ser a nossa também, pois o corpo não está mais ali. Isso significa que a vida em Deus não acaba; como isso nos leva a pensar que os discípulos não sabiam de nada. Hoje, depois de tanto tempo da ressurreição de Jesus, ainda “não acreditamos naquilo que vemos”. Nós, os discípulos, ainda não estamos preparados para receber e aceitar a ressurreição do Mestre. O sepulcro vazio não é sinal de ressurreição, à primeira vista. Apenas “o corpo desapareceu”... 
O Evangelista insiste em que nenhuma prova material seja suficiente para provar a ressurreição. Portanto, aqui não é questão de provar a ressurreição, e sim abrir-se para uma experiência de fé totalmente nova e distinta. Já os discípulos estão anunciados pelas mulheres de que Jesus está vivo. É importante para a nossa vida perceber a ação de Deus em tudo: na alegria de cada momento, na abertura para a vida, no ar em que respiramos. Assim, vamos aos poucos aos interessando em aprofundar nossa experiência de fé, e, assim, contemplar a beleza da ressurreição!







DOMINGO DE RAMOS(Lucas 22,14-23,56)
24/03/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos e disse: 'Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de sofrer. Pois eu vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus'. Então Jesus tomou um cálice, deu graças e disse: 'Tomai este cálice e reparti entre vós; pois eu vos digo que, de agora em diante, não mais bebereis do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus'. Fazei isto em memória de mim. A seguir, Jesus tomou um pão, deu graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo: 'Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim'. Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós'. 
Entretanto, eis que a mão de quem me trai está à mesa comigo. O Filho do Homem vai, segundo o que está determinado, mas ai daquele homem por quem ele é traído!  Perguntavam então os discípulos entre si quem deles seria o que tal haveria de fazer.  Surgiu também entre eles uma discussão: qual deles seria o maior. E Jesus disse-lhes: Os reis dos pagãos dominam como senhores, e os que exercem sobre eles autoridade chamam-se benfeitores. Que não seja assim entre vós; mas o que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo. Pois qual é o maior: o que está sentado à mesa ou o que serve? Não é aquele que está sentado à mesa? 
Todavia, eu estou no meio de vós, como aquele que serve.
E vós tendes permanecido comigo nas minhas provações; eu, pois, disponho do Reino a vosso favor, assim como meu Pai o dispôs a meu favor,  para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis em tronos, para julgar as doze tribos de Israel. Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos. Pedro disse-lhe: Senhor,estou pronto a ir contigo tanto para a prisão como para a morte.Jesus respondeu-lhe: Digo-te, Pedro, não cantará hoje o galo, até que três vezes hajas negado que me conheces.Depois ajuntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem mochila e sem calçado, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.Mas agora, disse-lhes ele, aquele que tem uma bolsa, tome-a; aquele que tem uma mochila, tome-a igualmente; e aquele que não tiver uma espada, venda sua capa para comprar uma. Pois vos digo: é necessário que se cumpra em mim ainda este oráculo: E foi contado entre os malfeitores (Is 53,12). Com efeito, aquilo que me diz respeito está próximo de se cumprir.Eles replicaram: Senhor, eis aqui duas espadas. Basta, respondeu ele. Conforme o seu costume, Jesus saiu dali e dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguido dos seus discípulos.Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: Orai para que não caiais em tentação.

Depois se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava:Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua. Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo.Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.Depois de ter rezado, levantou-se, foi ter com os discípulos e achou-os adormecidos de tristeza. Disse-lhes: Por que dormis? Levantai-vos, orai, para não cairdes em tentação. Ele ainda falava, quando apareceu uma multidão de gente; e à testa deles vinha um dos Doze, que se chamava Judas. 
Achegou-se de Jesus para o beijar. Jesus perguntou-lhe: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem! Os que estavam ao redor dele, vendo o que ia acontecer, perguntaram: Senhor, devemos atacá-los à espada? E um deles feriu o servo do príncipe dos sacerdotes, decepando-lhe a orelha direita.Mas Jesus interveio: Deixai, basta. E, tocando na orelha daquele homem, curou-o. Voltando-se para os príncipes dos sacerdotes, para os oficiais do templo e para os anciãos que tinham vindo contra ele, disse-lhes: Saístes armados de espadas e cacetes, como se viésseis contra um ladrão.Entretanto, eu estava todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora e do poder das trevas.
Prenderam-no então e conduziram-no à casa do príncipe dos sacerdotes. Pedro seguia-o de longe. Acenderam um fogo no meio do pátio, e sentaram-se em redor. Pedro veio sentar-se com eles. Uma criada percebeu-o sentado junto ao fogo, encarou-o de perto e disse: Também este homem estava com ele. Mas ele negou-o: Mulher, não o conheço. Pouco depois, viu-o outro e disse-lhe: Também tu és um deles. Pedro respondeu: Não, eu não o sou.  Passada quase uma hora, afirmava um outro: Certamente também este homem estava com ele, pois também é galileu. Mas Pedro disse: Meu amigo, não sei o que queres dizer. E no mesmo instante, quando ainda falava, cantou o galo.Voltando-se o Senhor, olhou para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra do Senhor: Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes. Saiu dali e chorou amargamente.
Entretanto, os homens que guardavam Jesus escarneciam dele e davam-lhe bofetadas.Cobriam-lhe o rosto e diziam: Adivinha quem te bateu!  E injuriavam-no ainda de outros modos. Ao amanhecer, reuniram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, e mandaram trazer Jesus ao seu conselho. Perguntaram-lhe: Dize-nos se és o Cristo! Respondeu-lhes ele: Se eu vo-lo disser, não me acreditareis;e se vos fizer qualquer pergunta, não me respondereis.
Mas, doravante, o Filho do Homem estará sentado à direita do poder de Deus. Então perguntaram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? Respondeu: Sim, eu sou. Eles então exclamaram: Temos nós ainda necessidade de testemunho? Nós mesmos o ouvimos da sua boca. Levantou-se a sessão e conduziram Jesus diante de Pilatos, e puseram-se a acusá-lo: Temos encontrado este homem excitando o povo à revolta, proibindo pagar imposto ao imperador e dizendo-se Messias e rei. Pilatos perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Sim. Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho neste homem culpa alguma.Mas eles insistiam fortemente: Ele revoluciona o povo ensinando por toda a Judéia, a começar da Galiléia até aqui.A estas palavras, Pilatos perguntou se ele era galileu.E, quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se achava em Jerusalém.Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu.Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com violência.Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca e reenviou-o a Pilatos.Naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes fizeram as pazes, pois antes eram inimigos um do outro.Pilatos convocou então os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo, e disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, interrogando-o eu diante de vós, não o achei culpado de nenhum dos crimes de que o acusais.Nem tampouco Herodes, pois no-lo devolveu. Portanto, ele nada fez que mereça a morte.Por isso, soltá-lo-ei depois de o castigar.
Acontecia que em cada festa ele era obrigado a soltar-lhes um preso.]Todo o povo gritou a uma voz: À morte com este, e solta-nos Barrabás. (Este homem fora lançado ao cárcere devido a uma revolta levantada na cidade, por causa de um homicídio.) Pilatos, porém, querendo soltar Jesus, falou-lhes de novo, mas eles vociferavam: Crucifica-o! Crucifica-o! Pela terceira vez, Pilatos ainda interveio: Mas que mal fez ele, então? Não achei nele nada que mereça a morte; irei, portanto, castigá-lo e, depois, o soltarei. Mas eles instavam, reclamando em altas vozes que fosse crucificado, e os seus clamores recrudesciam.Pilatos pronunciou então a sentença que lhes satisfazia o desejo. Soltou-lhes aquele que eles reclamavam e que havia sido lançado ao cárcere por causa do homicídio e da revolta, e entregou Jesus à vontade deles. 
Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam.Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos!Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco?Eram conduzidos ao mesmo tempo dois malfeitores para serem mortos com Jesus.Chegados que foram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda.E Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. Eles dividiram as suas vestes e as sortearam.A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus!Do mesmo modo zombavam dele os soldados. Aproximavam-se dele, ofereciam-lhe vinagre e diziam:Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo.Por cima de sua cabeça pendia esta inscrição: Este é o rei dos judeus. Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós! Mas o outro o repreendeu: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum.E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!Jesus respondeu-lhe: Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso. 
Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona.Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio. Jesus deu então um grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, dizendo isso, expirou. Vendo o centurião o que acontecia, deu glória a Deus e disse: Na verdade, este homem era um justo. E toda a multidão dos que assistiam a este espetáculo e viam o que se passava, voltou batendo no peito.Os amigos de Jesus, como também as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia, conservavam-se a certa distância, e observavam estas coisas. Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo. Ele não havia concordado com a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia, cidade da Judéia, esperava ele o Reino de Deus.
 Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Ele o desceu da cruz, envolveu-o num pano de linho e colocou-o num sepulcro, escavado na rocha, onde ainda ninguém havia sido depositado. Era o dia da Preparação e já ia principiar o sábado.As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galiléia, acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora depositado. Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos. No dia de sábado, observaram o preceito do repouso.


REFLEXÃO


O Corpo e Sangue são dois elementos inseparáveis que no judaísmo antigo dão ideia de totalidade: o corpo é a materialização das ideias, das esperanças e anseios, o projeto de uma pessoa; o sangue é a vida, o que dá sentido, valor e movimento ao corpo. A intenção de Jesus é então que essa ceia seja sinal do que serão as outras celebrações para seus discípulos: a recordação de que ele entregou seu Corpo e seu Sangue, isto é, a totalidade do seu ser, anseios, sonhos e esperanças, sua luta pela instauração do reinado de Deus. 

Tudo entregou por seus amigos e pela humanidade em geral. O novo pacto que Jesus instaura deve ser entendido como a repetição indefinida da ceia pascal que deve ser assumida como uma necessidade de atualizar em cada celebração a entrega de Jesus e a entrega que a comunidade dos discípulos está realizando: quanto se entregou o discípulo e a comunidade? Quanto cresceu o reino de Deus entre uma celebração e outra? Eis aqui o desafio para o crente e para a comunidade. 
Ao observar e contemplar a Eucaristia, precisamos logo sentir o grande amor de Deus para cada coração. Assim nossa vida se configura ao amor divino, uma vez que somos filhos e procuramos a face do Pai. Façamos desses dias de meditação e contemplação da vida, os melhores possíveis, pois a vitória vem para aquele que crê e confia no amor-doação!









5º DOMINGO DA QUARESMA (João 8,1-11)
17/03/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los.
Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”
Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo.
Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles?” Ninguém te condenou?”
Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.











REFLEXÃO


Vai e não volte a pecar. O evangelho de hoje nos leva a pensar nas atitudes que nos afastam do bom propósito divino.

A afirmação “esta mulher” indica presença dos escribas e fariseus no mesmo lugar e situação da “pecadora”. Portanto, ao afirmar que ela é pecadora, precisamos considerar a consciência de estarmos julgando o próximo, enquanto que Jesus “escreve no chão”.
Os mais velhos são os que têm consciência de suas atitudes errôneas. Tendo visto esta cena, Jesus a resgata para o mundo da acolhida.
Jesus deixa duas obrigações à mulher: Vai, e não voltes a pecar. Estas exigências fortalecem o espirito de santidade, pois ir para um lugar seguro, reto e sem encruzilhadas. Em outras palavras, o caminho precisa ser refeito, pois optar por não pecar mais é sinal de encontro verdadeiro com o mestre.


A Lei é clara e condena atitudes de adultério, como mostra em Dt 22,23-24 assim, deixar-se guiar pelo espirito de Deus é deixar-se atirar pedras,
Neste 5º Domingo da quaresma temos mais uma missão: resgatar as pedras que atiramos noa “pecadores” e construirmos um edifício de paz e harmonia. Sejamos gratos ao amor de Deus para com todos nós!!!








4º DOMINGO DA QUARESMA (Lucas 15,1-3.11-32)
10/03/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.
Então Jesus contou-lhes esta parábola: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.  Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 


Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.
O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 
Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.
O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 
Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’.


 REFLEXÃO
No Evangelho, o PAI se reconciliou com o filho e convidou os filhos se reconciliarem entre eles. (Lc 15,1-3.11-32). Um grupo de fariseus e escribas criticava Jesus, pela atenção especial que dava aos marginalizados, muitas vezes tidos  como “pecadores pela sociedade de então”. 
Jesus responde com três parábolas (Ovelha, Moeda e Filho Pródigo), que revelam a grande bondade e misericórdia de Deus, que sai à procura do perdido.A Parábola do PAI MISERICORDIOSO (ou do Filho Pródigo)
narra 2 cenas: o Filho mais novo e o Filho mais velho, unidas pela ação do PAI, que é o centro do relato:
O Filho mais novo, numa atitude de orgulho e de desprezo afastou-se do Pai, da família e da comunidade renunciou à sua posição de filho e foi "para longe". 
Sonhou sua felicidade com uma vida de independência e de liberdade, e voltou espoliado, esfarrapado, faminto e sem dignidade. "Longe" da casa do Pai, não encontrou a felicidade desejada. A fome fez ter saudades da casa do Pai e a lembrança da bondade do Pai o animou a voltar...
O Filho mais velho é um "bom filho", sóbrio, obediente e trabalhador mas não é um bom irmão. Não aceita a volta do irmão, nem mesmo o amor do Pai, que o acolheu.
O Pai é o personagem central
Sai ao encontro dos DOIS FILHOS: CORRE "movido de compaixão" ao encontro do filho mais novo abraça-o beija-o manda buscar roupa, calçado, o anel, para que o filho seja restituído em sua dignidade de filho.
E faz uma FESTA para celebrar na alegria a sua volta. Vai também ao encontro do Filho mais velho suplica-lhe que entre convida-o para a festa para a alegria. Podemos abandonar a nossa dignidade de filhos. Deus não abandona a sua missão de Pai.
Deus sai à procura dos perdidos e festeja porque são resgatados. A ação do Pai reflete a atitude de Jesus e deve ser também a nossa.

O Evangelho de hoje nos convida a imitar o gesto do Pai:
Que respeita a liberdade e as decisões dos seus filhos, que continua a amar e a esperar o regresso dos filhos rebeldes. Que está sempre preparado para abraçar os filhos que retornam que os acolhe com amor e os reintegra na sua família. Que festeja com alegria a sua volta. Acolhendo os apelos de conversão da Quaresma e da Palavra de Deus, a nossa celebração será sempre um verdadeiro banquete para celebrar na alegria a volta ao Pai e à comunidade dos filhos pródigos que estavam perdidos, mas que voltaram à vida pela Bondade de Deus e pela Acolhida dos irmãos.






3º DOMINGO DA QUARESMA (Lucas 13,1-9)
03/03/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.
Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. Jesus lhes respondeu: Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo.
E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. E Jesus contou esta parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. Então disse ao vinhateiro: Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro.
Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra? Ele, porém, respondeu: Senhor deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás.





REFLEXÃO

Exortação ao arrependimento – a figueira sem figos
O crente tem de viver, segundo o critério de Jesus, em atitude constante de produção de bons frutos: isso é o que quer indicar com a parábola da figueira e do lavrador, no Evangelho de hoje. Deus nos dotou de capacidade para fazer o bem, cultivar a justiça e manter relações saudáveis com os outros e com o próprio Deus; nós somos como donos e senhores dessas figueiras. Sendo assim, Deus pode exigir de nós e pedir-nos contas daquilo que estamos fazendo e do que estamos deixando de fazer.
A catástrofe do versículos 1 e 4 não abalou estas pessoas porque elas eram pecadoras notórias. Em outras palavras, a condição de vida não oportunizava mudanças. Em seu conselho para que os discípulos aprendam, da morte inesperada de outros, que deveriam se arrepender e estar prontos para o julgamento, vale a pena conferirmos na nossa Bíblia e aprender um pouco mais com Lucas, pois ele conecta esta passagem com o tema do julgamento do cap. 12, 20.40.46.
Já o versículo 3 nos alerta: “se não vos arrependerdes, perecereis do mesmo modo”. Este versículo é repetido quase literalmente nos próximos (vers. 5); e é um refrão. Lucas também desenvolve o seu tema da paz e não-violência, e ainda Jesus não mostra nenhum sinal de ódio ou vingança quando é avisado da crueldade de Pilatos contra seus compatriotas.
Ao falar de figueira,  por um lado, esta é uma parábola de compaixão, que produz consolo no discípulo que tropeça no Caminho cristão. Por outro lado, é uma parábola de crise, que deveria fervorar o coração de tantos católicos que deixam de zelar das coisas de Deus. Os discípulos “improdutivos” merecem uma chance...porém, para o crescimento da vontade de ser de Deus no reino definitivo.
Para que haja esta consciência, será necessária, em todos os momentos, a conversão. Sigamos o exemplo de Jesus: façamos de todos os momentos os melhores possíveis para aproximarmos com o coração puro, sem rancor, da Páscoa do Senhor Jesus. A palavra de Deus ilumina a nossa vida, meditamos e rezamos para que Deus nos faça cada dia melhor!!







2º DOMINGO DA QUARESMA (Lucas 9,28b-36)
24/02/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo, Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. 
Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
E, quando estes dois homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que estava dizendo.
Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.
Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!”
Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.



REFLEXÃO


O Evangelho apresenta a FÉ DOS APÓSTOLOS, fortalecida na MONTANHA pela Transfiguração de Jesus.
Jesus está a caminho de Jerusalém com os Apóstolos.
O 1º anúncio da PAIXÃO provoca neles uma crise profunda...
Desmoronam as esperanças messiânicas, impregnadas de triunfalismo. 
Os Apóstolos, decepcionados, entram numa profunda crise.

Para reanimar a fé abalada deles.
 Jesus recorre à oração, na MONTANHA, lugar sagrado por excelência, onde Deus se revela ao homem e lhe apresenta seus projetos.
Se transfigura: Todo encontro autêntico com Deus deixa marcas visíveis no rosto das pessoas, como em Moisés ao descer do Sinai.

Uma Voz confirma: "Este é o meu filho amado, escutai-o".
Ao descer do monte, uma nova energia inundaria a sua pessoa e o coração dos apóstolos, para continuar a marcha para Jerusalém, onde seria crucificado.
OS TRÊS DISCÍPULOS:

Partilham a experiência da transfiguração, mas recusam-se a aceitar que o triunfo de Cristo passe pelo sofrimento e pela cruz;
Testemunham a transfiguração, mas parecem não ter muita vontade de descer à terra e enfrentar o mundo e os problemas dos homens.
Representam os que vivem de olhos postos no céu, mas alheados da realidade do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar.

Agentes da transfiguração:
Nós, como os apóstolos, deparamos com a cruz... E a primeira reação costuma ser a mesma: fugir dela.
 Aceitamos com alegria o Tabor... mas temos dificuldade em aceitar o Calvário. Nesses momentos, para reanimar a nossa fé, Deus continua "inventando" também para nós um Tabor, dando-nos uma pequena amostra de sua beleza e de sua glória.
Contudo é bom lembrar que, o Tabor foi apenas uma parada que Jesus fez em seu caminho para o Calvário.

Também para nós, o Tabor continua sendo uma situação transitória, para que sejamos testemunhas vivas do que nos espera...

O que fazemos no DOMINGO?
Subimos a Montanha... para contemplar esse rosto... para escutar essa Voz?
e depois descemos reanimados para prosseguir a nossa caminhada?
Só assim nossa Comunidade será um poderoso instrumento para que esse mundo desfigurado em que vivemos, rejuvenesça cada dia no mundo maravilhoso que Deus criou...







1º DOMINGO DA QUARESMA (Lucas 4, 1-13)
17/02/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem.’
O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isto foi entregue a mim e posso dá-lo a quem quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”. 
Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.
Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.

REFLEXÃO

Jesus colocado à prova, na Galileia.
As tentações, tal como Lucas as apresenta, estão em relação direta com a vocação messiânica de Jesus, vocação que não se pode desligar do ambiente histórico, sociopolítico, religioso e econômico da época de Jesus nem das expectativas, dos sonhos e das esperanças messiânicas que vinham amadurecendo desde tempos antigos em Israel.
Nesse ambiente Jesus deve maturar sua vocação, sua opção de vida: como levar adiante a tarefa messiânica da libertação do povo? Como revelar ao povo a verdadeira imagem de um Deus que ama a todos, mas que, acima de tudo, ama mais os deserdados, os humildes, os simples... e como fazê-los ver que a ordem de coisas do momento não é o que Deus quer para seus filhos e filhas? As tentações de Jesus foram três, porém foram muitas as dúvidas, e mesmo assim leva adiante sua missão. Ele decidiu, no meio de muitas dessas opções facilitadoras, que levaria sua missão à realização pelo caminho mais difícil, mas mais seguro. A instauração do Reino será para Jesus o eixo fundamental de sua missão, e isso não é compatível com nenhum messianismo barato e apenas político; o messias tem de levar à realização sua missão pelo caminho do sofrimento, da não compreensão, da dor, da entrega de cada dia, do serviço constante.
Se ainda sentimos que nosso compromisso cristão nos conduz a uma atualização da messianidade de Jesus, é necessário voltar a este relato das tentações e fazer a experiência de oração e de deserto no estilo de Jesus, definindo assim o caminho pelo qual nós levaremos à realização a missão. Como cristãos cada um de nós precisa fazer com que o Evangelho seja vida!
Alguns apontamentos e modos de ser e agir nesta quaresma a fim de orientar nestes dias de aprofundamentos da nossa experiência com Deus:Pleno de Espírito Santo: Esta expressão só ocorre aqui e em At 6,5 e 7,55 (Estevão) e 11,24 (Barnabé). Jesus é o modelo para os cristãos ameaçados.
Conduzido pelo Espírito Santo: o espírito, dado a Jesus no seu batismo (Lc 3,22), não o conduz à tentação, mas é o poder que o sustenta durante a tentação. Na tradição bíblica, “quarenta” se refere a um período suficientemente longo de tempo (Jn 3,4). O jejum é o símbolo da plenitude do Espírito em Jesus e de seu desamparo, contingência e auto humilhação diante de um Deus onipotente que generosamente dá e sustenta a vida.
Jesus é o filho de Deus (versículo 3), e nós assim o somos. Como será nossa prática quaresmal? Temos coragem de assumir as tentações e confiá-las no poder de Deus? Que possamos cada dia, cada momento, renunciar a tanta coisa que não nos faz bem, e aproximar nosso espírito da verdade que é Jesus.

















Edicléia, Catequista da Paróquia Santa Teresa D'Ávila.




5º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 5, 1-11)
10/02/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Naqueles tempo, Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se a seu redor para ouvir a palavra de Deus. Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.
Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. <!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

 REFLEXÃO
Seja firme e não tenha medo!

Depois de Jesus ter expulsado o demônio e ter curado a sogra de Simão, hoje O vemos no mar da Galileia, como um pescador; não de peixes, mas sim de homens. Subindo na barca, Ele pede que se avance para o lugar mais profundo.
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Frisemos que o barco era de Simão. Não sem uma razão misteriosa, é da barca dele que Jesus ensinou o povo. Ela é figura da Igreja. Jesus sempre ensinará ao mundo que reconhece Pedro como chefe visível da Igreja de Cristo. Onde está Pedro, o Papa, aí está a Igreja.
E não só isso. Também podemos ver a opção de Jesus em duplo sentido: o sentido apologético, de manifestar a divindade de Jesus; e o sentido simbólico, que consiste em indicar qual seria a missão de Pedro, dos apóstolos e de toda a Igreja em geral: missão de serem pescadores de homens para a fé cristã, usando a rede do Evangelho. 
Por ter se dirigido a Pedro, por ter escolhido a barca desse apóstolo, por tê-lo mandado mais para o alto-mar e lançar suas redes, Jesus demonstra o especial papel de Pedro, o qual receberá o primado sobre os apóstolos e fiéis. Ainda, como a pesca foi realizada por intervenção de Deus e não pela habilidade dos pescadores, toda vez que se pescar um homem para o Reino de Deus, será sempre obra da graça usando a colaboração do apóstolo.
O peixe tornou-se símbolo dos primeiros cristãos, porque, nas águas do batismo, eles nascem para a fé, e nela – vivendo – se salvam.
Para Pedro, Jesus era o seu Mestre. Mas, diante da pesca milagrosa que não se explica por causas naturais, o apóstolo descobre que Jesus não é um simples mestre ou profeta comum. Já o vê como seu “Senhor”, nome reservado exclusivamente a Deus. Foi um grande passo na descoberta da verdadeira identidade de Jesus. A admiração atrai Pedro ao Mestre; a consciência de seu estado de pecador O afasta dele.
Diante do milagre presenciado, a fé de Simão começou a se tornar uma rocha = pedra. Basta ver que Pedro começou a chamar Jesus de “Senhor” e não só de “Mestre”. Pela fé, Simão é transformado em rochedo, e já se põe o fundamento para a sua vocação em “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18) e em “Tu, por tua vez, confirma teus irmãos” (Lc 22,32).
O homem, sozinho em suas tarefas, fadiga-se em vão: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão labutam seus construtores” (SI 127). Mas se acolher, com boa disposição, a Palavra inspirada, receberá abundante ajuda da mão de Deus.
Quanto mais alguém se aproxima do Pai, tanto mais cresce nele a humildade, esse sentimento de sua pequenez, de seu nada e de seus pecados. Quanto mais distante de Deus alguém vive, tanto menos reconhecerá os próprios erros e limitações. Pedro, tão favorecido pela bondade divina, não pensa senão em sua própria insuficiência e condição de pecador que não merece tanta bondade. 
Então, exclama: “Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!” Mas Jesus, apesar de reconhecer a fraqueza de Simão, confirma-o na vocação dizendo: “Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente”.
É isso o que Jesus faz com você aqui e agora. Não tenha medo! Ele conhece a sua fraqueza, os seus problemas, mas quer vê-lo pescador de homens, restaurador das famílias, libertador dos cativos, acolhedor dos excluídos e abandonados. Enfim, a dar vida em abundância! Portanto, seja firme e não tenha medo!







4º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 4, 21-30)
03/02/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.


Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca.E diziam: “Não é este o filho de José?”Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 
De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel.

No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. 

REFLEXÃO
O evangelho de hoje é continuação do proclamado o domingo anterior, no qual escutamos o projeto de Jesus, para que Ele veio a este mundo: libertar aos cativos, devolver a vista aos cegos, anunciar a boa nova aos pobres. Agora, esta proposta de Jesus provoca admiração por um lado e por outro uma forte oposição.
Lucas quer colocar desde o começo da atividade pública de Jesus os conflitos que sua missão sofre, que são os mesmos que o levaram a morte em Jerusalém.
A salvação que é permanente oferecida só precisa ser acolhida, o "hoje" do texto indica a atualidade da proposta: «Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir». Mas, porque o povo de Nazaré rejeita a Jesus?


Eles se perguntam: "Este não é o filho de José?". Não conseguem enxergar no filho de carpinteiro o Messias prometido. Para eles era impossível que Deus agisse através de uma pessoa humilde e pobre, igual a eles, sem nada extraordinário. Uma vez mais Jesus revela um Deus diferente ao conhecido até então, o Deus que escolhe se fazer presente na fragilidade e pequenez humana. Sem gozar de privilégios desde o nascimento até a morte.
Outro motivo de desconcerto diante de Jesus e sua proposta é a busca de sinais miraculosas: "Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum". Jesus se recusa a fazer fatos grandes para que o povo acredite. A fé é confiança e entrega a sua pessoa humilde que traz a boa noticia do Amor de Deus aos pobres e pequenos. Podemos nos perguntas com sinceridade que imagem de Jesus tenho, em que se baseia a minha fé? Ele parece não se preocupar com a incredulidade do povo de Nazaré, e identificando-se com os antigos profetas, prediz que sua missão não se reduz ao povo de Israel, estende-se a outros povos.
Jesus como Elias e Eliseu sente-se orientado para os pobres, cegos e cativos que estão sobretudo fora de Israel. De esta maneira ele se confronta com seus concidadãos, rompendo os nacionalismos estreitos. No livro dos Atos Lucas apresenta como a Igreja nascente segue os passos de seu Mestre, quando perseguida em Jerusalém dirige-se para Antioquia, para os pagãos. 
Agora bem, os ouvintes da sinagoga sentem-se ofendidos com as palavras de Jesus e reagem violentamente: "Levantaram-se, e expulsaram Jesus da cidade", e tentam precipitá-lo de um monte.
Mas nada pode parar ao Filho de Deus na sua missão: "Jesus, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho". Sigamos a 
Jesus com nossa imaginação, Ele não fica preso no sofrimento da rejeição, na dureza de seus conterrâneos, continua...ainda tem muito para fazer, os pobres esperam, a saudade da casa do Pai o motiva a seguir.
E nos estamos parados ou a caminho? Seguindo o exemplo de Jesus e das primeiras comunidades cristãs, "deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra em nós. Corramos com perseverança na corrida, mantendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da fé" (Hb 12, 1-2). 
A Salvação trazida pela graça de Deus, só produz o seu efeito quando encontra receptividade e abertura no coração do homem independente da sua raça, ideologia, condição social ou até mesmo credo religioso. Pois ao tomarem conhecimento desta verdade através de Jesus, que citou o exemplo da viúva de Sarepta, e de Naamã, o sírio, beneficiados pela ação profética de Elias e Eliseu, respectivamente, os conterrâneos de Jesus, tomados pela fúria, o expulsaram da comunidade e tentaram matá-lo. Somente uma fé madura e um coração totalmente aberto à graça de Deus, poderá nos levar à compreensão de que a Salvação que Jesus oferece é para todos os homens. Pensar diferente disso é menosprezar a caridade, a maior de todas as virtudes, é querer caminhar sozinho, adentrando no atalho da mediocridade e da hipocrisia.



3º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Lucas 1,1-4;4,14-21)
27/01/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

Muitas pessoas já tentaram escrever a história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, como nos foram transmitidos por aqueles que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros da palavra.
Assim sendo, após fazer um estudo cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever de modo ordenado para ti, excelentíssimo Teófilo. Deste modo, poderás verificar a solidez dos ensinamentos que recebeste. Naquele tempo, Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. 

E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga, no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 
Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 
<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->REFLEXÃO <!--[endif]-->
A Liturgia de hoje nos lembra a importância da Palavra de Deus na vida do Povo de Deus.
No Evangelho, Cristo proclama e atualiza a PALAVRA DE DEUS, numa reunião de sábado, na sinagoga de Nazaré. A missão de Jesus é a nossa Missão...
Também nós fomos ungidos pelo Espírito Santo e enviados para anunciar uma Boa Nova de Esperança e levar os oprimidos a gozar a vida plena.
FONTE: Palavra de Deus que devemos conhecer e anunciar
ONDE: Na comunidade (na Missa nos Grupos na vida pessoal)
MODELO: Cristo: "O espírito do Senhor me ungiu e me enviou"
CONTEÚDO: a Boa Nova da Libertação: de esperança e alegria.
O Povo de Deus serviu-se da Palavra de Deus para reconstruir o país, quando voltou enfraquecido do exílio.
Cristo com a Palavra de Deus iniciou sua Missão e apresentou seu programa.
Em todas as épocas da história, sobretudo em épocas de crise, os homens voltaram a alimentar-se da Bíblia, procurando nela um sentido para a sua vida e o encontraram. A própria Igreja, no Concílio Vaticano II, redescobriu o valor da Bíblia e fez dela a fonte de inspiração para um profundo trabalho de renovação.
Além de um documento dedicado à "Palavra de Deus", propôs maior espaço para a Bíblia na Liturgia, na Catequese, nas Comunidades, nos grupos e na vida pessoal dos cristãos.
O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica afirma:
"A Sagrada escritura dá suporte e vigor à vida da Igreja. É para seus filhos firmeza da fé, alimento e fonte de vida espiritual. É a alma da teologia e da pregação pastoral. A Igreja exorta por isso à freqüente leitura da Sagrada Escritura, porque a ignorância das escrituras é ignorância de Cristo". (CCIC 24)
          BÍBLIA.
 "Ela foi escrita para nos ajudar a decifrar o mundo, para nos devolver o olhar da fé e da contemplação, e para transformar a realidade numa grande revelação de Deus". (S. Agostinho

A Bíblia é isso para você? Ou Ela continua sendo apenas um objeto de enfeite na prateleira da sala, ou pior, permanece esquecida no fundo de uma gaveta?
Cristo nos convoca com a sua Palavra, para que completemos a Obra iniciada por Ele.








2º DOMINGO DO TEMPO COMUM (João 2, 1-11)
20/01/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.
Naquele tempo, três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus.Também foram convidados Jesus e os seus discípulos.Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Eles já não têm vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou”. Disse, então, sua mãe aos serventes: “Fazei o que ele vos disser”.
Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: “Enchei as talhas de água”. Eles encheram-nas até em cima. “Tirai agora”, disse-lhes Jesus, “e levai ao chefe dos serventes”. E levaram.Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe: 
“É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora”.
Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.

REFLEXÃO
Em Caná. Após as festas natalinas, inicia o Tempo Comum, em que revivemos os principais Mistérios da Salvação.
O Evangelho fala das Bodas de Caná. Jesus realiza o primeiro milagre, "Sinal" de uma realidade mais profunda: mostrar aos homens o Pai, que os ama, e  os convoca para a alegria e a felicidade plenas. A festa do Reino já está acontecendo. Jesus é o  Noivo, que já está no mundo, para celebrar o casamento de Deus com a humanidade.
O CENÁRIO DO CASAMENTO: reflete o contexto da "ALIANÇA" entre Israel e o seu Deus. A essa "aliança", em certo momento, vem a faltar o vinho.
O "vinho" é símbolo do amor entre o esposo e a esposa, da alegria e da festa. 

Constata-se que a antiga "aliança" tornou-se uma relação seca, sem alegria, sem amor e sem festa, que já não proporciona o encontro amoroso entre Israel e o seu Deus.

Esta realidade de uma "aliança" estéril e falida é representada  pelas "seis talhas de pedra destinadas à purificação dos judeus". O número seis evoca a imperfeição, o incompleto; a "pedra" evoca as tábuas de pedra da Lei do Sinai E os corações de pedra de que falava o profeta Ezequiel; a referência à "purificação" evoca os ritos e exigências da antiga Lei que revelavam um Deus impositivo, que guarda distâncias. As talhas estão "vazias" porque todo este aparato era inútil e ineficaz: não servia para aproximar o homem de Deus, mas sim para o afastar desse Deus difícil e distante.
As "Bodas de Caná sem vinho" representam a situação do povo, desiludido e insatisfeito. O amor foi substituído pela observância da lei."Façam tudo o QUE Ele disser":
 Agora Jesus fará a passagem do Antigo para o Novo. E o novo é melhor.



OS PERSONAGENS apresentados:

A "Mãe": é ela que percebe a situação ("não têm vinho"): representa o Israel fiel, que já tinha percebido a realidade e esperava que o Messias viesse transformar essa situação. O "Chefe de mesa": representa os dirigentes judeus, que não percebem que a antiga "Aliança" já caducou. Os "Serventes" são os que colaboram com o Messias, que estão dispostos a fazer tudo "o que ele disser" para que a "Aliança" seja revitalizada.
JESUS: é a Ele que o Israel fiel (a "mulher" mãe) se dirige no sentido de dar nova vida a essa "aliança" caduca.

A obra de Jesus não será preservar as instituições antigas, mas realizar uma profunda "transformação".Ele veio trazer à relação entre Deus e os homens

o vinho da alegria, do amor e da festa. Isso acontecerá quando chegar a "Hora".



As Bodas continuam e somos também convidados. Jesus veio nos revelar Deus como um Pai bondoso e terno,  que fica feliz quando pode amar os seus filhos. É esse o "vinho" que Jesus veio trazer para alegrar a "aliança": o "vinho" do amor de Deus, que produz alegria e que nos leva à festa do encontro com o Pai e com os irmãos. A nossa "religião" é um encontro com o Jesus, que nos dá o vinho do amor? O que os nossos olhos e os nossos lábios revelam aos outros: a alegria que brota de um coração cheio de amor.








  BATISMO DE JESUS (Lucas 3, 15-16.21-22)
13/01/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.


Ora, como o povo estivesse na expectativa, e como todos perguntassem em seus corações se talvez João fosse o Cristo, ele tomou a palavra, dizendo a todos: Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. 
Quando todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o foi. E estando ele a orar, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição. 


REFLEXÃO
A Liturgia de hoje nos apresenta o início da vida pública de Jesus. Tudo começa com o BATISMO DE JESUS, cuja festa hoje celebramos. 
No Evangelho temos o Batismo de Jesus. Jesus aparece como o Filho enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens e das mulheres.
O Batismo de Jesus foi acompanhado de 3 fatos:
- "Os céus se abrira.": Deus encerrou o seu silêncio
  abriu seu coração e voltou a ser amigo dos homens:

  É o momento da reconciliação entre o céu e a terra, entre Deus e os homens.

"O Espírito Santo desceu sob a forma de Pomba":
 Relembra o dilúvio quando o céu estava fechado e a pomba com
o raminho de oliveira foi o sinal de que a paz havia sido restabelecida
"Ouviu-se uma voz do céu":
Há 300 anos o povo não ouvia a voz de Deus pelos profetas. Ao enviar o  Espírito sobre Jesus, Deus voltou a falar com os homens. Era a TRINDADE SANTA presente comemorando o grande acontecimento.
Jesus precisava receber o Batismo?
É claro que não. João até não queria batizar Jesus: Mas Jesus queria mostrar que a sua atividade, que estava iniciando, seria a continuação daquilo que João Batista já estava anunciando.
 O Batismo de João: não era sacramento (foram instituídos por Jesus).

Era um rito de iniciação à Comunidade Messiânica: Renunciava ao pecado, convertia-se a uma vida nova e passava a integrar a Comunidade do Messias. Era uma antecipação do Batismo cristão, na "água e no Espírito".
O que significa o Batismo para nós?
Talvez saibamos da importância e da necessidade do Batismo:
A Nicodemos, Jesus afirma: "Só se salvará quem renascer..."
Na Ascensão, recomenda: "Ide Batizai..."
São Paulo resumia as obrigações e esperanças dos cristãos:
"Pelo batismo, fomos adotados filhos..."
 Sabemos o que realiza na pessoa:
 Lava a mancha do pecado original.
 Dá uma vida nova.
  Nos torna membros do Povo de Deus e da Igreja.
  Nos torna Filhos de Deus e herdeiros do céu.
  Sabemos que é um COMPROMISSO de servir a Deus com fidelidade.
Sabemos que tudo isso se realiza através de SINAIS:
de PALAVRAS e GESTOS escolhidos por Deus
de PESSOAS escolhidas por Deus (na Igreja).
Para ser cristão, basta apenas receber o Batismo?
Ninguém duvida do valor e da eficácia do Batismo dado às crianças, mas a Igreja se pergunta: "Será oportuno batizar as crianças se os pais não praticam, não vivem o seu batismo?" O que importa não é marcar a data do batismo, mas percorrer um caminho de fé....
 O BATISMO nos tornou:

CRISTÃOS: seguidores de Cristo.
Para isso precisa:
Conhecer: estudar ler cursos (Catequese permanente...)
Viver: o amor, o perdão, a fraternidade.
Anunciar: pela palavra, pela oração, pela ação.
Ser Membros do GRUPO de Cristo  (numa COMUNIDADE)
"Este é o meu filho amado."
Essa maravilha se renovou com cada um de nós, quando fomos batizados. Ele só espera que conservemos essa vida divina que ele nos infundiu, que vivamos o nosso Batismo. Agradeçamos o grande dom do nosso Batismo e peçamos forças para sermos fiéis a esse COMPROMISSO assumido COM Deus.











EPIFANIA DO SENHOR (Mateus 2, 1-12)
06/01/2013
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus.

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,
perguntando: 'Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.' Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 

Eles responderam: 'Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo.' Então Herodes chamou em segredo os magos
e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido.
Depois os enviou a Belém, dizendo: 'Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo.' Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. 
Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

REFLEXÃO
Celebramos hoje a festa da “Epifania”, palavra de origem grega, que significa “manifestação”. 

Mateus, no evangelho de hoje, narra a chegada dos reis do Oriente a Jerusalém para adorar o Messias, à luz das promessas das Escrituras. A profecia de Miquéias 5,1-4a anunciava o nascimento de Jesus num pequeno povoado de Belém. Essa cidade, do humilde pastor Davi, aparece em contraste com a poderosa Jerusalém de Herodes. Cristo será o verdadeiro “pastor do povo”, a luz que ilumina os povos no caminho da salvação. Ele realizará seu reinado como Servo obediente ao projeto do Pai, através da doação total da vida.
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Os magos são sábios que vêm do Oriente como representantes dos gentios, em toda a sua diversidade racial, acolhendo a salvação universal de Deus, manifestada em Jesus Cristo. Chegaram a Jerusalém, atraídos pela luz do Senhor, perguntando pelo rei dos Judeus recém-nascido. Essa notícia causa alarme em Herodes, o Grande, e em toda a cidade de Jerusalém ligada ao poder. Herodes temia Cristo como ameaça ao seu poder político, pois conhecia as esperanças messiânicas do povo.
 O Filho de Deus, o Messias, se manifesta numa criança pobre e frágil. Os magos, atentos aos sinais de Deus, seguiram a estrela que levava ao Salvador, motivo de imensa alegria. “Ao entrar na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram”. Eles ofereceram presentes a Jesus: “ouro, incenso e mirra”, recordando a profecia de Isaías sobre os povos que virão ao templo para louvar com oferendas. A tradição posterior reconheceu no ouro a realeza de Cristo, como rei: no incenso, sua divindade, e na mirra, sua humanidade, seu sofrimento redentor.
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O gesto dos reis simboliza os que aderem a Cristo, doando-se no serviço ao Reino, ofertando seus dons, suas vidas. Eles voltam às suas regiões por outro caminho, transformados pelo encontro com Jesus, a verdadeira luz, o caminho para o Pai. Seu caminho de fé e de esperança prefigura a missão evangelizadora dos discípulos e das discípulas de Jesus. A estrela da fé é essencial para encontrar o Senhor, através das Escrituras e dos acontecimentos cotidianos.
 A festa da Epifania celebra a manifestação de Jesus Cristo, luz e salvação de Deus, a todos os povos e nações. Jesus é o verdadeiro Messias, o rei justo, o libertador, esperado por todas as pessoas comprometidas em construir o Reino da justiça. Os sábios do Oriente representam os que se deixam guiar pela luz, pelo projeto de Deus a serviço da vida plena. Eles experimentam uma grande alegria ao encontrar Jesus, o rei dos judeus, e o adoram, oferecendo-lhes os seus presentes. <!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
As promessas das Escrituras acerca do Messias são compreendidas à luz da fé na ressurreição. Quem se deixa iluminar pela sabedoria de Deus, acolhe e reconhece Jesus como o Messias prometido, o portador da salvação a toda a humanidade. A ambição, o poder, como os de Herodes, leva a rejeitar a presença do Salvador desde o seu nascimento. A atitude dos reis, que chegam de longe para adorar o Menino, contrasta com a dos chefes de Jerusalém que tramam sua morte.
 O episódio dos reis acentua o acolhimento de Jesus e sua mensagem pelos gentios e prefigura a missão universal dos discípulos de evangelizar “todas as nações”. É um apelo bem atual para a nossa realidade. O itinerário percorrido pelos magos propõe o caminho para encontrar Jesus. Ao descobrir os sinais (a estrela), eles se colocam no caminho.


O encontro com o Senhor transforma a nossa vida. Sua presença e a palavra nos iluminam e nos convidam a levantar, comprometendo-nos a construir um caminho novo de libertação. Em Cristo nos tornamos discípulos e discípulas, participantes da mesma herança, do mesmo corpo, da mesma promessa de salvação. A“Epifania” do Senhor nos proporciona viver a comunhão e a fraternidade com todos os povos do universo.







SAGRADA FAMÍLIA (Lucas 2, 41-52)
30/12/2012
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.


Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro.Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas.

Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:

“Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.

Jesus respondeu:

“Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”


Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera.

Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, conservava no coração todas estas coisas.

E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.



REFLEXÃO


Em pleno clima natalício, a Liturgia celebra a festa da SAGRADA FAMÍLIA.
O próprio Filho de Deus, vindo ao mundo, quis seguir o caminho de todos: fazer parte de uma família simples e humilde, igual a tantas outras do seu tempo.
As Leituras bíblicas apresentam valores da família:
A 1ª leitura mostra que a fidelidade aos ensinamentos de Deus assegura a harmonia familiar.
"Honrar Pai e Mãe" significa reconhecer a sua importância como instrumentos de Deus, fonte de vida. Isso supõe uma vida íntegra e correta, ajuda nas necessidades, amparo na velhice, sem os desprezar nem abandonar. Como recompensa desta atitude, terá o perdão dos pecados, a alegria, a vida longa e a atenção de Deus.
Na 2ª leitura, Paulo aponta o ideal da vida cristã como caminho seguro para construir a harmonia familiar.  "Revesti-vos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência”. "Suportai-vos e perdoai-vos uns aos outros, sobretudo amai-vos". "A Palavra de Deus habite em vós, Cantai a Deus hinos espirituais. " Conclui aplicando isso à vida familiar,dando recomendações aos maridos, às esposas, aos filhos, aos pais. 


O Evangelho nos apresenta a Sagrada Família de Nazaré, como modelo de todas famílias. Fiel às práticas religiosas, vai em peregrinação a Jerusalém para celebrar a Páscoa com o filho que já completara 12 anos. Quando Jesus se desvia da comitiva, vai aflita à procura do filho perdido, por três dias: "Teu pai e eu, estávamos angustiados à tua procura." E Jesus faz duas perguntas: "Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?" São as primeiras palavras de Jesus, no Evangelho de Lucas. Elas têm um sentido mais profundo do que um simples relato: Deus é o verdadeiro PAI de Jesus e a sua prioridade fundamental é realizar a missão confiada pelo Pai.
Os Pais não souberam responder: "Não compreenderam, mas guardavam todas essas coisas no coração." Jesus é obediente ao Pai, embora pareça desobediente a eles. E o texto conclui dizendo: "Jesus voltou a Nazaré com seus pais e permaneceu obediente a eles e crescia em sabedoria, em idade e em graça diante de Deus e dos homens." OBEDECER significa acolher os ensinamentos e manter fidelidade a Deus.













Padre Wilson, atualmente na Paróquia Santa Teresa D'Ávila.

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